Negociação de dívidas é oportunidade de sair do vermelho

Começou em 1º de março e segue até o dia 31 o tradicional Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira. Durante a ação, serão oferecidos descontos e prazos especiais de pagamentos da dívida, a critério de cada instituição financeira. O mutirão é uma iniciativa conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Banco Central do Brasil, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o País.

Podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial e demais modalidades de crédito em atraso com bancos ou financeiras, exceto aquelas que tenham bens dados em garantia. A negociação pode ser feita diretamente com a instituição credora, em seus canais oficiais de atendimento, pelo portal consumidor.gov.br e presencialmente nos Procons.

Dicas para fazer a negociação

1. Descubra o valor atual de sua dívida
A maneira mais fácil de conhecer o valor atual de uma dívida no cartão ou outro tipo de empréstimo ou financiamento é consultando o aplicativo, site ou entrando em contato com seu banco ou financeira, caso a dívida seja com uma dessas instituições. Para descobrir se você tem alguma outra pendência que desconhece com instituições financeiras, lojas e outras empresas, além de falar direto com o credor, você também pode consultar seu CPF no site dos birôs de crédito. Serasa, Boa Vista e SPC oferecem esse serviço gratuitamente.

2. Defina um teto para negociar
Depois de entender o valor de suas dívidas, a dica é estipular um valor mensal que caiba no seu bolso para quitá-las. Para isso, é preciso anotar todas as entradas e saídas de dinheiro, incluindo as despesas mensais fixas, como aluguel, prestações, financiamentos, e as variáveis, como contas de água, luz, gás, supermercado, transporte e outras. Inclua inclusive gastos com lazer e outras despesas eventuais. Feita a lista, some ganhos e gastos e veja o valor que você pode usar para quitar as dívidas. Fez a conta e não sobrou nada? É hora de sentar com a família e ver o que pode ser cortado ou reduzido temporariamente para ter uma sobra mensal até quitar as dívidas. Para começar, vale mapear pequenos desperdícios e gastos escondidos na fatura do cartão. A dica é não fechar um acordo que não consiga arcar para evitar enroscos maiores depois.

3. Caso tenha mais de uma dívida, saiba priorizar o que pagar primeiro
Se você tem mais de uma dívida e não sabe o que pagar primeiro, a recomendação é priorizar o pagamento das contas de serviços essenciais, como água, luz, gás. Em seguida vêm os empréstimos com garantia, ou seja, aquele em que você ofereceu um carro ou imóvel em garantia em troca de juros menores. Assim, você evita o risco de perder o bem. Então, entram as outras dívidas, que devem ser pagas de acordo com o valor do juros. Aquelas que possuem juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, devem ser quitadas antes.

4. Venda algo que possua para quitar em parcela única
Em geral, as condições para quitar os atrasados de uma vez são melhores e você evita a prestação mensal por um prazo mais longo, o que pode facilitar a sua organização financeira. Se a família tem um carro, por exemplo, pode ser uma boa vender para pôr a vida em ordem e, depois, planejar a compra de outro automóvel no futuro, quando as coisas estiverem mais tranquilas.

5. Se você está superendividado, peça ajuda
Quando a situação se tornou tão grave que fica impossível quitar as dívidas em atraso e manter o básico para a sobrevivência, como moradia e alimentação, tem-se o chamado superendividamento. Para esses casos, existe a Lei do Superendividamento, que prevê um tratamento especial às pessoas que se enquadram no perfil. A recomendação é buscar um serviço especializado de apoio a superendividados, que pode ajudar você a se organizar melhor para sair das dívidas.

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