Consórcio ou financiamento? O que é melhor na hora de comprar um bem?

Sempre bom lembrar que qualquer aquisição – especialmente as mais caras – precisam ser muito bem pensadas; buscando informações e fazendo um bom planejamento para não comprometer o orçamento com uma dívida que a sua renda não consiga suportar. Nessa edição, vamos analisar duas alternativas do mercado para a hora de comprar um carro ou um imóvel: seria melhor caminho optar por um consórcio ou por um financiamento?

Porém, antes de tudo é preciso pensar: essa compra é uma prioridade? Vai atender suas necessidades quando comparada, no caso dos veículos, a outras opções de transporte? As parcelas cabem no seu bolso? Você terá como pagar combustível, IPVA, IPTU, seguro e outras eventuais despesas? Sim? Então, vamos analisar essas alternativas pra aquisição.

O consórcio
Esse é um sistema de autofinanciamento em grupo, que funciona mediante sorteios. Nele, cada participante paga parcelas mensais que vão para um tipo de poupança coletiva. Parte dessa poupança acaba financiando a carta de crédito do participante contemplado em cada mês. Para ser contemplado, aí, há duas opções.

A primeira é que a pessoa pode ser sorteada; aí receberá a carta de crédito pra fazer a compra. Isso depende da sorte, pois pode ocorrer no primeiro mês ou lá no centésimo. A segunda é através de lances, pra quem não quiser ou não puder esperar o sorteio, onde ganha quem oferecer o lance mais alto. Nesse caso, é claro, é preciso ter uma parte do valor necessário para pagar o bem que se quer comprar. Em qualquer que seja a alternativa, o participante do consórcio segue pagando as contribuições mensais até todo o valor ser quitado.

O consórcio acaba sendo buscado por quem pode esperar um pouco mais para ter o carro em mãos. Também acaba sendo alternativa para quem não consegue cumprir as exigências para contratar um financiamento.
Ele não tem incidência de juros nem IOF, apenas taxa de administração. A dica é procurar no mercado a operadora com as taxas mais atrativas. Em média, elas podem girar em torno de 20% sobre o valor do bem, mas esse percentual é dividido dentro do prazo (um consórcio de 200 meses, nessa taxa, daria 0,1% ao mês, por exemplo). O que costuma haver, também, são os reajustes anuais atrelados à valorização do carro; usualmente baseados pelo INPC.

O financiamento
Quem não pode ou não quer esperar – e, claro, não tem o dinheiro em mãos – recorre ao financiamento, cuja liberação está condicionada à análise da renda do interessado para comprovar a sua capacidade de pagamento. A principal vantagem é justamente o tempo, com o bem nas mãos do comprador enquanto as parcelas não são quitadas. Sempre há a possibilidade de dar uma boa entrada pra diminuir o tempo de pagamento ou o valor mensal a pagar; e dá pra usar entradas financeiras extras, como o 13º salário, para antecipar parte da dívida e reduzir o valor pago em juros.

De modo geral, os financiamentos oferecem mais prazos do que os consórcios. Porém, eles têm os juros que, no contexto atual da nossa economia, vêm subindo. Segundo o mais recente levantamento do Banco Central, as taxas de juros pra aquisição de veículos giram em torno de 27% ao ano. Eles também costumam passar por atualizações monetárias anualmente. Algo a avaliar no financiamento é que ele costuma, ao contrário do consórcio, demandar algum valor de entrada, o que nem sempre é viável para todos. O bem comprado ainda corre o risco de ser levado em caso de inadimplência.

E agora?
O ideal, é claro, seria guardar dinheiro e comprar o bem à vista; com planejamento e paciência. Mas isso nem sempre é viável quando estivermos falando de uma casa, por exemplo. Pra escolher entre o consórcio e o financiamento, a gente já listou alguns prós e contras. Pesa, pro lado do financiamento, a facilidade de ter o bem em mãos sem esperar o sorteio do consórcio. Pesa, pro lado do consórcio, a não exigência de um valor mínimo de entrada pra participar. Ele acaba, do ponto de vista comportamental, sendo alternativa para quem não tem o hábito de poupar ou a disciplina de guardar dinheiro. Sabendo isso, cabe simular o quanto as duas modalidades podem custar; e entender a que melhor se encaixa no seu perfil e bolso. Se o resultado for similar, e você tiver valor para dar de entrada, ter a compra feita, como financiamento, é vantagem; se não apostar no consórcio é melhor.


Contribuição do MEI subirá para R$ 60,60 em fevereiro
A partir de fevereiro, os cerca de 13 milhões de microempreendedores individuais (MEI) registrados no país pagarão R$ 60,60 para contribuírem com a Previdência Social. O aumento, de 10,18%, segue o reajuste do salário mínimo, que passou para R$ 1.212 em 1º de janeiro. O reajuste valerá apenas para os boletos com vencimento a partir de 20 de fevereiro. A cota deste mês, que vence em 20 de janeiro, continuará a ser paga pelo valor antigo, de R$ 55. Profissionais autônomos com regime tributário e previdenciário simplificado, os microempreendedores individuais recolhem 5% do salário mínimo por mês para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O restante da contribuição mensal varia conforme o ramo de atuação.

Foto: istock

Os trabalhadores que exercem atividades ligadas ao comércio e à indústria pagam R$ 1 a mais referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelo estado onde mora. Os profissionais que executam serviços recolhem R$ 5 a mais de Imposto sobre Serviços (ISS), administrado pelo município onde habita. Ao contribuírem para o INSS, os microempreendedores individuais passam a ter direito à aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte. (IF)


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