Projeto “Cidades do Futuro”: É o fim do dinheiro em papel?

Montenegro está entre as 200 cidades escolhidas para integrar nova iniciativa da Visa

A Visa, empresa de serviços financeiros, iniciou o projeto “Cidades do Futuro” no ano passado nos municípios brasileiros de Belém, Campina Grande e Maringá. A ideia é conscientizar sobre os benefícios dos pagamentos em meio digital e reduzir a circulação do dinheiro em espécie. Atingindo o objetivo nos primeiros, a empresa anunciou uma grande expansão do programa para outros 200 municípios já em 2019. Montenegro está entre eles.

Não há prazos, mas foram sugeridas iniciativas de conscientização, com distribuição de brindes e oferecimento de bônus de R$ 100,00 para estabelecimentos comerciais que entrem no programa. Também são previstas ações de educação financeira para a comunidade empreendedora.

“Estamos muito atentos à importância de deixar um legado para as cidades e, por isso, vamos investir tanto em educação, quanto em projetos voltados ao desenvolvimento dos pagamentos eletrônicos nos transportes públicos e no cenário tecnológico da região”, destaca Eduardo Barreto, vice-presidente da Visa do Brasil. Bastante movimento neste sentido é esperado para os próximos meses.

Segundo a empresa, Montenegro e as demais cidades escolhidas foram selecionadas com base no estudo “Índice de Maturidade para Pagamentos Digitais”, promovido pela Visa Consulting & Analytics. Ele classificou os municípios em quatro estágios relacionados ao nível de desenvolvimento dos pagamentos eletrônicos. Os com maior potencial foram os escolhidos.

MAS SERÁ QUE VALE A PENA?
É evidente que há toda uma questão comercial por trás do projeto. Nas três primeiras cidades participantes, a Visa conseguiu aumentar em 20% o uso de seus cartões, o que explica os investimentos feitos no “Cidades do Futuro”. O uso de outras formas de pagamento que não sejam o dinheiro em espécie, porém, tem sim as suas vantagens.
Seja pelo celular ou pelos cartões, a economia e a segurança estão entre os principais atrativos. Mas também há que se colocar que existem algumas vantagens que só o dinheiro em espécie oferece. O Seu Bolso listou alguns prós e contras. Confira:

OS PRÓS DO DINHEIRO EM ESPÉCIE:
– Não há incidência de taxas;
– É possível pechinchar por maiores descontos com o dinheiro na mão;
– É aceito em todo lugar;
– Em alguns estabelecimentos, pagar em meio digital demanda o uso de sistemas pouco eficazes, que demoram bastante até concluir as operações.

OS CONTRAS DO DINHEIRO EM ESPÉCIE:
– Risco de assaltos durante o transporte ou o armazenamento do dinheiro físico;
– Para as empresas, há estudos que comprovam que os clientes gastam mais quando não enxergam, visivelmente, o dinheiro em papel deixando os seus bolsos;
– Gasto de tempo contando dinheiro e, para estabelecimentos com muita circulação, alto custo para transporte e depósito;
– Em meio eletrônico, é mais fácil de controlar finanças, com a clareza de todas as entradas e saídas devidamente registradas;
– Com pagamentos digitais, as empresas não podem sonegar impostos. Em tese, isso aumenta a arrecadação do governo e o posterior retorno do valor em obras e serviços à população;
– O dinheiro em espécie rasga, molha e, se perdido, o dono não pede pedir “um novo”;
– Não ter dinheiro impresso em papel é bom para o meio ambiente, pois não consome recursos naturais.

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