MAIS UMA VEZ, empresas do Município têm saldo de contratações superior ao de demissões
A recuperação dos empregos formais perdidos no período mais crítico de fechamento de empresas com a pandemia teve início em julho de 2020. De lá pra cá, as empresas de Montenegro têm tido apenas saldos positivos de novas vagas de trabalho abertas. Os dados de junho de 2021 divulgados pelo recém reativado Ministério do Trabalho e Previdência apresentam o 12º mês seguido de geração de empregos no Município. Foram 80 novos postos criados; número que é calculado pela diferença entre os 696 desligamentos que ocorreram no sexto mês do ano; e as 776 admissões. A média dos últimos doze meses é de 130,5 novas vagas criadas a cada mês.
O resultado implica em mudança de vida para trabalhadores como Cristian Souza, de 17 anos de idade. Em junho, o jovem conquistou o tão almejado primeiro emprego no Mercado Bruvini do bairro Santo Antônio. “Agora, eu já ajudo a pagar as contas de casa e posso comprar as coisas que eu gosto pra mim”, ele declara, orgulhoso. Cristian mora com a mãe próximo do emprego; e é operador de loja no estabelecimento varejista, segmento que, inegavelmente, vem se destacando em Montenegro.
Os dados da geração de emprego, é importante destacar, partem das empresas instaladas no Município; registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. Eles não necessariamente refletem os índices de desemprego, pois faltam dados à nível municipal de quantas novas pessoas ingressaram no mercado de trabalho no período; de quantas partiram pro empreendedorismo; ou de quantas, mesmo após aposentadas, continuam trabalhando. Os números, contudo, são indicador da retomada da Economia, que ainda sente impactos da pandemia de coronavírus. Mostram empresas iniciando operações ou ampliando os seus quadros de funcionários.
Veja as comparações:
Análise setorial evidencia tendências do mercado local
Na análise setorial do mês de junho deste ano, a Construção Civil se destacou com 54 novos postos de trabalho criados. É o primeiro do ranking. Os segmentos de construção de edifícios, de estradas e de instalações elétricas e hidráulicas impulsionaram o setor no período.
Na sequência, está o Comércio, com 52 novos postos de trabalho criados, com destaque aos mini e supermercados; e também às farmácias. São dois segmentos em alta em Montenegro; um deles tendo empregado o jovem que ilustra a reportagem. Ambos vêm impulsionando o setor ao passo que o comércio em geral ainda enfrenta dificuldades para se equilibrar após as perdas com o período de restrições às atividades.
Em terceiro no ranking do Caged vem o setor de Serviços, com saldo de 12 postos de trabalho abertos. Em junho, a área amargou demissões nos segmentos de vigilância e em serviços de escritório, mas se recuperou com o segmento de bares e restaurantes e também com o de atendimentos em saúde.
No negativo, em quarto, está o setor Agropecuário, com saldo de nove postos fechados no segmento de criação de aves. Por último vem a Indústria, segmento que tradicionalmente se destaca na geração de empregos em Montenegro, mas que, em junho, mais demitiu do que contratou. O saldo negativo é de 29.
No setor, houve contratações no segmento de máquinas e implementos agrícolas, que é dominado pela John Deere. Porém, em maior volume, foram registradas demissões no ramo de abate de aves, de fabricação de itens de plástico e de preparações de couro.