Mais admissões que demissões em Montenegro

Dados do Caged apontam que contratações foram maiores no mês passado. No ano, o saldo é positivo em 5,58%

Montenegro teve um saldo positivo na admissão de trabalhadores no mês de setembro, conforme a divulgação de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A cidade teve 564 pessoas empregadas durante o mês passado, contra 522 demissões, totalizando um saldo positivo de 0,24%.

O município conseguiu manter um saldo positivo de janeiro a setembro em relação à contratação de trabalhadores com carteira assinada. Nestes nove meses de 2018, a cidade teve 5.628 novos contratos frente aos 4.686 desligamentos. Com isso, a variação fica com saldo positivo de 5,58% no ano.

Durante os últimos 12 meses, as admissões também superaram as demissões. Enquanto o número de trabalhadores contratados foi de 7.089, os desligamentos das empresas somaram 6.325, com variação de 4,48%. Montenegro figura nas primeiras posições dos bons índices de empregabilidade e em relação às demissões.

Mesmo com bons resultados desde o ano passado, Montenegro ainda possui muitas pessoas desempregadas, mas nem todas perderam seus empregos na cidade. É o caso de Victória Hegner, 23 anos, que está há cerca de quatro meses desempregada desde quando deixou a capital Porto Alegre para morar na cidade das artes.

“Lá (Porto Alegre) a cidade está muito violenta e então decidi vir para o interior com minha esposa. Aqui é mais tranquilo e seguro”, diz a jovem que se mudou há dois meses. Victória tem ensino médio completo e atuou no setor de Fast Food em várias lojas do ramo, em Porto Alegre. Agora ela procura outra área para ganhar o sustento e tem preferência por agropecuárias ou algo voltado pro setor pet (animais de estimação).

Já Suellen Fabiana Barbosa dos Santos, 30 anos, está desempregada há mais tempo. Faz mais de um ano, quando ainda morava na Capital, que Suellen procura um trabalho formal, com carteira assinada. A jovem até conseguiu ser babá, mas foi temporariamente e na informalidade.

Juntas, Victória e Suellen saem todos os dias para a entrega de currículos em empresas que estão contratando e até mesmo nas que ainda não possuem vagas. “Acordo cedo para imprimir os currículos e iniciar a distribuição. A gente também vai ao Sine para ver quais vagas estão disponíveis”, afirma a ex-coordenadora de equipe de Fast Food.

Victória diz que alguns locais pedem que o cadastro do currículo seja realizado em sites terceirizados, mas estes cobram uma taxa mensal para manter o cadastro. “Desempregado não tem condições de pagar para manter o currículo no site”, aponta. As duas desempregadas vivem a mesma experiência de tantos outros cidadãos que buscam um emprego formal para viver.

Suellen e Victória convergem sobre a exigência dos empregadores. “A maior parte das vagas exige que tenhamos bastante experiência a área e daí dificulta a contratação”, afirmam.

A esperança das jovens é, também, a de muitos nessa época: período de contratação para os cargos temporários do Natal e torcem para que sejam efetivadas posteriormente.