Lojas de construção venderam 7% a mais em outubro

Dados da Anamaco indicam ano positivo para o setor, que é impulsionado pelo otimismo e pela oferta de financiamentos

Seguindo a tendência observada no restante do ano, as vendas de materiais de construção continuam aumentando no país. De acordo com recente levantamento da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, a Anamaco, o setor fechou o mês de outubro com venda 7% maior do que setembro. Já em comparação com o ano de 2017, as vendas de janeiro a outubro apresentaram alta de 5,5%.

O dado positivo do décimo mês do ano tem relação ao otimismo do mercado financeiro em relação ao período de eleições, segundo o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Na avaliação dele, os brasileiros estavam com um sentimento de confiança em relação aos rumos da economia, o que refletiu nas lojas de materiais. O segmento de tintas, dentre os analisados, foi o que mais cresceu, seguido do das telhas de fibrocimento.

Em fase final de construção da casa própria, o extensionista rural da Emater, André Camargo Volpato foi um dos que elevou as vendas no período. A obra iniciada em agosto estava em fase de finalização das paredes e colocação das coberturas durante o mês de outubro. Vindo de Frederico Westphalen com a esposa no ano passado, ele financiou o terreno e a residência no bairro São João. “A ideia agora é se estabelecer aqui. É emocionante”, destaca, sobre o novo lar.

Na obra, André pôde contar com a experiência do empreiteiro Valério Zimmer que, com 35 anos no ramo, conhece bem o mercado local de material de construção. Segundo o profissional, para alguns itens, os lojistas montenegrinos não conseguem ter preço competitivo. “Coisas de acabamento tem preço compatível aqui em Montenegro, mas outras têm que procurar bastante, porque não dá para cair direto”, avalia.

Valério Zimmer, empreiteiro com 35 anos de experiência no ramo

De sua percepção, Zimmer aponta que é preciso pesquisar e balancear a relação custo e qualidade, que nem sempre é proporcional. As telhas da casa de André, por exemplo, foram compradas de um fornecedor no município de Bom Princípio e não por aqui. Já as aberturas feitas em alumínio vieram de Brochier. “É preciso saber comprar. E outra: eu não compro nada sem antes ver o produto”, adiciona o empreiteiro.

Financiamentos impulsionam o setor
Com mais de três décadas no ramo de construção civil, Valério Zimmer destaca que os financiamentos da Caixa Econômica Federal – como o usado por André e a esposa – fizeram o segmento, como um todo, dar um pulo de desenvolvimento.

Além dos índices positivos da venda de material de construção, dados como o de que o setor vai abrir mais de 500 mil novos empregos até o final do ano – de acordo com o Sebrae – comprovam a constatação de crescimento.

Prestes a receber a residência, André conta que foram meses de reflexão até optar pela modalidade de financiamento escolhida. “A gente pesquisou muito. Primeiro pensamos em comprar a casa pronta. Aí, depois, a gente decidiu pelo terreno e começou a ver a papelada”, lembra. Ele destaca a importância do acompanhamento de uma imobiliária, que lhe deu os caminhos e as orientações necessárias para concretizar o sonho. Construído em etapas, conforme define a Caixa, o lar deve ser entregue ao casal no final de dezembro. “Vai ser nosso presente de Natal”, brinca o extensionista.

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