O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma desaceleração na inflação de março, fechando em 0,51% comparado a 1,48% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 5,20%.
O INPC mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA abrange lares com até 40 salários mínimos de renda. Em março, o IPCA ficou em 0,56%.
O IBGE utiliza pesos diferentes para cada índice devido ao perfil de consumo das famílias. No INPC, alimentos representam 25% do total, mais do que no IPCA (21,86%), reflexo do maior gasto proporcional com comida em famílias de menor renda. Inversamente, passagens aéreas têm menor peso no INPC.
Os alimentos foram o principal fator de pressão, aumentando 1,08% e impactando em 0,27 ponto percentual no índice.
Confira o desempenho dos grupos:
Alimentação e bebidas: | 1,08% |
Habitação: | 0,21% |
Artigos de residência: | 0,21% |
Vestuário: | 0,46% |
Transportes: | 0,26% |
Saúde e cuidados pessoais: | 0,44% |
Despesas pessoais: | 0,70% |
Educação: | 0,08% |
Comunicação: | 0,19% |
O INPC é crucial para muitos brasileiros, pois o acumulado em 12 meses é frequentemente usado para calcular reajustes salariais. O salário mínimo e benefícios como seguro-desemprego e INSS também são ajustados com base nesse índice.
A coleta de preços contemplou dez regiões metropolitanas do Brasil e algumas capitais, proporcionando uma visão abrangente das variações de custo de vida. De acordo com o IBGE, o objetivo do INPC é corrigir o poder de compra dos salários, refletindo as variações de preços no consumo das famílias de menor renda.
Fonte: Agência Brasil