E depois? Auxílio emergencial chega às últimas etapas

PRORROGAÇÃO É DEBATIDA, mas ainda é incerta

Enquanto faz o pagamento da segunda parcela, ainda em andamento, o governo federal prepara o calendário da terceira e última parte do auxílio emergencial de R$ 600,00. As datas devem ser divulgadas no fim dessa quinzena. Mas com economia retraída e os índices de desemprego aumentando, há estudos que apontam para uma possível prorrogação.

O próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre o tema em reunião com empresários no fim do mês passado. Nada confirmado, mas ele diz que considera prorrogar o auxílio até agosto, mas com valor reduzido a R$ 200,00, defendendo a diminuição por conta de limitações das contas públicas. “O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse o tipo de conta que estamos fazendo”, explicou.

A Secretaria do Tesouro Nacional informou que o governo brasileiro busca empréstimos em organismos internacionais que totalizam cerca de 4 bilhões de dólares e, dentre outras despesas, seriam usados para custear o pagamento desse “socorro” lançada para mitigar o impacto econômico da pandemia entre os mais vulneráveis.

Diminuindo o valor para um montante mais próximo ao do Bolsa Família, o Ministro Paulo Guedes colocou que, em sua percepção, o equilíbrio é necessário para não haver risco de as pessoas deixarem de trabalhar, por estarem recebendo o dinheiro, e acabarem afetando o abastecimento. “É o meu pavor a prateleira vazia”, disse.

No poder Legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, defendeu recentemente mais tempo de auxílio ainda nos R$ 600,00, com uma redução gradual, para que não pese tanto nos cofres públicos. “É preciso encontrar soluções para que, pelo menos no curto prazo, a gente possa manter o valor e depois fazer uma escadinha reduzindo esse valor”, avaliou em entrevista coletiva.

Aqui no Estado, o governador Eduardo Leite já fala em dar continuidade aos pagamentos após terminar as parcelas do governo federal. Em sua transmissão diária feita nesta segunda-feira, 1º de junho, ele afirmou que “o governo do Estado sabe que isso é relevante e está buscando viabilizar auxílio emergencial para famílias que tenham especial necessidade de manutenção de algum apoio depois que o auxílio emergencial federal deixar de existir, o que deve acontecer no próximo mês. Estamos fechando essa proposta.”

Não será para tanta gente como o federal. Segundo Leite, será apenas para famílias de “maior vulnerabilidade” e dentro das condições financeiras do Estado, que ainda analisa a fonte de recursos para tal pagamento. Estimativa do Ministério da Economia aponta que, pelas regras da União, cerca de 8.700 montenegrinos são aptos a receber o auxílio emergencial federal, dentre beneficiários do Bolsa Família, inscritos no Cadastro Único e outros.

Ainda em análise? Governo promete agilizar
Tem muita gente que pediu o auxílio e ainda não recebeu. Mesmo em meio ao pagamento da segunda parcela para muitos, o Dataprev, que é responsável pelas análises dos pedidos, informou no último sábado que 10,6 milhões de solicitações ainda não estão concluídas. Mais de cinco milhões dessas estão sendo examinadas já pela segunda vez, tendo sido negadas na primeira e novamente solicitadas pelo cidadão para revisão. O governo promete agilizar essa etapa para dar um retorno, aprovado ou não, em até 20 dias.

 


 

Como usar o dinheiro com responsabilidade

  • Coloque tudo na ponta do lápis e analise: Fazer uma lista de todas as suas contas ajuda a dar ordem ao caos e até mostrar o que precisa ser priorizado e o que pode aguardar mais tempo (algumas obrigações, como água e luz, estão com possibilidade de adiamento). É uma boa forma, também, de ver onde as finanças familiares têm pontos que podem ser reduzidos para o momento; e ainda de apontar despesas que podem ser melhor negociadas com os responsáveis (o aluguel, por exemplo).
  • Evite novas dívidas e cuidado com os golpes: Se as contas estão apertadas, resista à tentação de pedir um cartão de crédito novo ou de fazer compras que podem esperar um pouco mais. Emprestar o dinheiro também tende a não ser a melhor ideia para o momento. Se é possível, fique com a sobra para urgências e tenha atenção para possíveis golpes. Pessoas com dinheiro guardado e até a própria necessidade de empréstimos crescendo formam um cenário propício para golpistas mal intencionados.
  • Fique mais próximo da sua comunidade: É nessas horas que a união faz a força. Ao decidir onde comprar (mesmo que as necessidades mais básicas) priorize os empreendedores próximos de você, que também estão precisando de ajuda. Compre no mercadinho do bairro, na lojinha do Centro e, dentro do possível, ajude a nossa economia a se recuperar.

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