Brigadeiros saudáveis viram bom negócio em Montenegro

Após quatro meses de pesquisa, empresa foi aberta por jovem de 19 anos

Sim, é bem difícil resistir a um bom docinho. Mas esse gosto comum à maioria das pessoas acaba sendo uma dificuldade para quem é vegano e, principalmente, para quem tem problemas com a alimentação, como alergia ao glúten e intolerância à lactose. Acaba que, para estes, só sobram poucas, caras e não tão saborosas opções. E foi enxergando uma oportunidade neste dilema que nasceu a “Fruto de Gaia”.

A empresa começou as atividades em abril deste ano em Montenegro, uma iniciativa da jovem Marina Reinheimer, de 19 anos. Vegetariana desde os 14, ela via o desejo de se tornar vegana barrar no amor pelos doces, especialmente os brigadeiros. E foi trabalhando em uma loja de produtos naturais no Centro que ela percebeu o quanto um produto que atendesse a essa necessidade fazia falta. Sem oferta, a solução dela foi arregaçar as mangas e fazer por conta própria.

Marina recorda que a primeira receita que achou na internet foi posta em prática ainda em dezembro do ano passado. Mas no fogão, ninguém disse que reinventar o produto mais tradicional das festinhas de aniversário seria fácil. “Foi muito estresse”, admite. “A receita tinha ingredientes caros e não deu muito certo. Então eu fui adaptando, mas muito deu errado. Botei muita coisa fora.” O resultado veio quatro meses depois, já no período da Páscoa: uma receita só dela para um brigadeiro saboroso, saudável e totalmente vegano.

Marina conta que foram muitos erros e acertos até que ela concebesse a receita final. Essa ela guarda só para ela, com todo o cuidado. FOTOS: ACERVO PESSOAL

PARA TODOS OS GOSTOS

A “Fruto de Gaia” comercializa os doces em cinco sabores: nozes, paçoca, coco, coco queimado e tradicional (o que tem mais saída). A empreendedora não revela a receita por nada desse mundo, mas adianta que tudo é feito com ingredientes naturais, com a liga à base de leite de coco.

E ela já descobriu que dizer de cara que o brigadeiro é vegano não é negócio. É preciso driblar o preconceito de que alimentos nessa linha são sem gosto ou que tem “gosto de terra” para, então, surpreender o cliente com o fato de que o produto é, mesmo, algo diferenciado. “Meu cartão de visita é o provar”, confidencia.

A empresa já tem parceria com um restaurante local e comercializa unidades do brigadeiro no varejo, na loja em que a empresária trabalhava em tempo integral, mas onde, agora, só atua em meio turno para se dedicar à produção de sua empresa. O foco principal, porém, são os contratos para festas e eventos, ramo no qual, aos poucos, a “Fruto de Gaia” tem se popularizado. No varejo, a unidade de 30 gramas sai por R$ 5; já os pacotes de eventos têm unidades de 12 gramas que custam R$ 2 cada.

Por enquanto, Marina ainda trabalha sozinha, mas já almeja dar um up na produção, ainda deixando os negócios dentro da família. “A ideia é colocar a minha mãe e a minha vó no negócio”, adianta a empresária. “Elas estão bem a fim, mas eu que ainda não passei a receita. Parece que ela é como meu filho”, brinca.

Dentre os planos para o futuro, a jovem relata que o objetivo é ir além do alimento doce, oferecendo ao consumidor outras opções saudáveis, veganas e de baixo impacto ao meio ambiente. Todos agradecem!

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