Impotência. Este é o sentimento que Luzmairy Maldonado Pérez, de 48 anos, tem sentido nos últimos meses. A venezuelana e sua família saíram do país natal em busca de uma melhor qualidade de vida, mas com o coração de mãe apertado ela pede por ajuda da comunidade para trazer a filha e os dois netos do Peru.
Há 1 ano e 3 meses Luzmairy chegava a Montenegro com a sua mãe, sua filha mais nova e seu sobrinho. Já a filha Yuleikhy Luz Flores Maldonado, de 29 anos, se refugiou em Mollendo, no Peru, junto com o casal de filhos de 7 e 2 anos de idade. O motivo para a saída da família foi o mesma dos milhares de venezuelanos espalhados pela América Latina: a atual situação do país. “O governo é uma ditadura, eles batem e matam se a gente vai protestar. Tem muita fome e não tem trabalho; se você trabalha o salário não vai dar para comer”, explica Luzmairy.
Depois de meses de procura ela finalmente conseguiu um emprego como auxiliar de limpeza no Hospital Montenegro, mas mesmo com a vida um pouco melhor ela segue angustiada pela filha. “Ela tem que sair, porque ela não está bem de saúde, ela está fraca, e eu tenho dois netos que estão com ela. Eu estou muito preocupada e tenho tentado com os meus próprios recursos, mas não dá, porque a passagem é muito cara”, fala.
Luzmairy relata que a filha sofre com gastrite crônica e problemas no fígado, e o seu maior medo no momento é que ela pegue a Covid-19. “Estou bem preocupada dela com a saúde fraca e se ela pegar o coronavírus, com quem vai ficar os meus netos? E se ela ficar lá e tudo fechar eles vão tirar ela de casa, porque lá são assim, se não tem dinheiro para pagar o aluguel eles tiram pra rua”, diz. Segundo a Venezuelana, a filha trabalha como cabeleireira em um salão, e os filhos vão juntos, pois não têm com quem ficar.
Com a pandemia do novo coronavírus em estado de alerta, a possibilidade de fechamento das fronteiras do Peru é grande, e a mãe pede por ajuda urgente para custear as passagens de avião da filha e dos netos de Rio Branco, no Acre, até Porto Alegre. De acordo com ela, as três passagens têm o custo estimado em R$ 3 mil. Os interessados em ajudar podem entrar em contato com Luzmairy pelo telefone (51) 99583-9939.