Um Papai Noel “diferentão” para combater o preconceito de raça

As festas natalinas são marcadas, principalmente, pela presença do Papai Noel, acompanhado de seus duendes. Ele faz a alegria do momento e coloca no rosto das crianças um sorriso de encher os olhos. Embora a tradição proponha um velhinho gordo, com calça e casaco vermelho, cinto preto, touca vermelha e branca, uma barba enorme e um saco de presentes pendurado nas costas – só para quem se comportou durante o ano – pessoas “incomuns” encaram esse personagem para fazer o Natal de alguém mais feliz também cumprem absolutamente bem o papel.

Nesse sentido, a história de Fábio Machado da Cruz, de apenas 29 anos, é um exemplo a ser compartilhado. Na festa de fim de ano da Escola Municipal de Ensino Infantil José Flores Cruz, do bairro Aeroclube, ele aceitou o convite de duas amigas e vestiu-se de “bom velhinho”. “A Josinha e a Janaína comentaram comigo a ideia e eu topei. Achei muito bacana, por tudo que o Natal representa, pelas crianças, pela minha amizade com as duas e também pela chance de elas virem um Noel negro”, afirma. “Acho que expande o pensamento, sabe? Tanto das crianças quanto dos demais”, aposta.

Segundo Fábio, o sentimento é de honra pela oportunidade. “E ainda mais depois de ver a expressão no rosto de cada criança. Isso é o mais gratificante”, recorda. Mesmo com as diferenças, Fábio afirma que, felizmente, não foi alvo de preconceito. “O biotipo do Papai Noel é ser de pele branca e com todas as suas características devido a sua história e à região de onde ele supostamente vem. Não vejo como preconceito”, enfatiza. “A iniciativa é válida, principalmente para difundir mais a igualdade”, salienta.

Durante a festa da escola, uma mistura de sentimentos era estampada no rostinho de cada criança. Alegria, surpresa, receio e curiosidade. Mas o “bom velhinho” garante: é pela figura do Papai Noel, independente da cor.

Últimas Notícias

Destaques