Tradicionalistas querem espaço próprio no Parque Centenário

Assunto foi tema de reunião com integrantes do Legislativo e do Executivo

Durante uma reunião proposta pelo vereador Valdeci de Castro (PSB), integrantes do movimento tradicionalista de Montenegro discutiram a possibilidade de assumirem a área destinada às atividades campeiras, junto ao Parque Centenário. O encontro ocorreu na manhã de quinta-feira, 28, e contou com a participação de vereadores, do prefeito o prefeito Carlos Eduardo Müller, o “Kadu”; e do chefe de gabinete, Edar Borges.

No primeiro momento, os tradicionalistas destacaram a importância e necessidade de se ter um espaço para cultivar as tradições gaúchas. Representando o Piquete 15 de Novembro, Arthur da Silva destacou a importância de um diálogo aberto com a Administração e vereadores para construção de uma parceria entre a entidade e o Município. Além disso, Silva ainda observou que o tema precisa ser debatido amplamente com todas as esferas do movimento, juntamente com a Associação Tradicionalistas Montenegrina (ATM).

“A ideia é a gente assumir a campeira com seus custos, como água, luz e manutenção, isto precisaria ser organizado”, disse o representante, alertando sobre a necessidade de haver clareza quanto ao uso, obrigações e benefícios.

Outro ponto discutido foi sobre a possibilidade de galpões individuais. Quanto ao uso coletivo de toda a área, a sugestão do representante do CTG Reminiscências, Magnus da Silva, é de que se forme uma espécie de condomínio para o pagamento de água, luz e corte de grama, entre outras manutenções. O patrão do CTG Estância do Montenegro, Leonildo Vieira de Azevedo, alegou que precisaria se reunir com sua entidade para trazer uma posição quanto ao uso da área no Parque Centenário.

Após as exposições dos tradicionalistas, Kadu informou que a intenção é realmente passar a área em discussão, considerada como campeira, para os tradicionalistas. Ele acredita que a forma de parceria é importante para que haja um resultado produtivo. “Fui criticado pelo grupo Reminiscência, que alegou não estar recebendo apoio”, lamentou.

Borges lembrou a dificuldade de se manter uma entidade. No que tange a possibilidade de se repassar um espaço deste porte para os tradicionalistas, ele afirma que esse é “um ganho para a cultura gaúcha”, além de destacar que a área dentro do Parque, onde foi criado o espaço campeiro, estava abandonada.

Outra questão debatida, a qual poderia preocupar os frequentadores do Parque Centenário que não utilizam a área campeira, já foi adiantada: o espaço se localiza em uma área específica, com entrada e saída única para os animais, e sua circulação no Parque ficará limitada a este local. Por último, o vereador Valdeci comentou que esse é um trabalho coletivo de todos os vereadores, em conjunto com a Prefeitura e os tradicionalistas.

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