A Associação Cultural Beneficente Floresta Montenegrina recebe na próxima quinta-feira, 9, a visita do ator, produtor e escritor Sérgio Rosa, de Venancio Aires. O objetivo é conhecer mais sobre a história, projetos e ações desenvolvidas pela entidade para a produção de um livro. Sérgio tem 44 anos e trabalha com teatro há mais de 20 anos. Ao longo desse tempo produziu diversos espetáculos, com destaque para temas relacionado à leitura e ao racismo.
A vontade de ser ator surgiu ainda na infância, quando chamou à sua atenção a participação de um ator negro em um espetáculo que assistiu. “No grupo, havia mais de vinte atores, mas apenas um era negro. Vendo aquele ator eu percebi que era aquilo que queria fazer”, conta Sérgio. A relação com a Sociedade Floresta Montenegrina surgiu através de uma coluna escrita por Sérgio sobre clubes sociais negros. Na ocasião, o ator fez uma série de edições trazendo olhares de pessoas conectadas a esses clubes sociais, inclusive sobre o Floresta Montenegrina. “A presidente, Letícia Santos, trouxe o seu olhar e a sua narrativa sobre a importância desse espaço afro, desse espaço negro de resistência, assim como outros clubes sociais negros”, aponta.
A ideia de Sérgio agora é juntar todas essas histórias trazidas na coluna e escrever um livro, além de incluir mais alguns depoimentos. “Vou pegar esse apanhado e produzir um livro trazendo essas histórias, porque a gente precisa popularizar essas histórias, pra que elas possam chegar na base da sociedade”, afirma. Sérgio destaca que a produção do livro também será uma forma de fortalecer os clubes é levar a visibilidade para sociedade. “Um livro que traz essas histórias, ele se torna uma ferramenta de construção e de fortalecimento pra esses clubes”, diz.
Como parte da produção do livro, Sérgio está visitando diversos clubes sociais negros do Estado. O objetivo é conhecer mais sobre a história a realidade de cada espaço. “Eu, como pesquisador da cultura negra, busco me aproximar desses diferentes espaços, porque são clubes sociais que têm dezenas de anos de história e resistência”, aponta. Para o ator, os clubes passaram por diferentes realidades e situações, mas seguem firmes e inseridos dentro das comunidades sendo um espaço de luta e referência da cultura negra. (WM)