Eventos divulgarão a rede de apoio e o seu Centro de Referência
A Semana da Mulher Montenegrina 2025 foi aberta nesta sexta-feira, 07, na Câmara de Vereadores, com relatos a respeito da importância de agora a cidade oferecer uma rede de apoio. A assistente social Carliane Pinheiro, a Kaká, integrante do Comdim (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher), salientou que ainda há desafios a serem superados pela sociedade em prol das mulheres, além da violência doméstica, ainda fatores como a exclusão e desvalorização no mercado de trabalho. Ela enalteceu as entidades integrantes da rede de apoio que atuam em complemento, desde as forças de segurança e Judiciário aos órgãos de saúde física e mental.
Há um ano somou se ainda à rede o Centro de Referência da Mulher – Florescer, serviço de Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação; e que atende na rua Buarque de Macedo, 154 – Centro (perto do Mercado Nacional). “Estou há 10 anos no Conselho, e antes não tínhamos nada em 2016; e hoje conseguimos organizar toda essa rede de atendimento as mulheres”, comemora a assistente social, que também atua na Administração Municipal. Ao abrir a Semana, Kaká observou que a maioria das vítimas da violência de gênero desconhece até mesmo que existência essa rede de apoio.

É preciso falar sobre direito e afeto
Um dos depoimentos da manhã foi ao encontro da necessidade de divulgar esse direito à proteção e acolhimento. A vereadora Claudete Eberhardt (PDT) recordou do dia que ela e a mãe precisaram sair de casa devido a violência do pai. “Fugimos pelo meio do mato”, relatou, emocionada. O diferencial era que tinham para onde ir, recebendo abrigo dos avôs maternos. “Por isso a importância dos espaços de acolhimento”, assinalou.
Na sequência, a sargento Daiana da Silva Brandt destacou o trabalho da Patrulha Maria da Penha no 5º BPM como fundamental para encorajar a tomada de uma decisão difícil. “Nós, como sociedade, quando verificamos um caso de violência doméstica, devemos denunciar. Pois aquela mulher sozinha ainda não teve coragem para sair da casa”, completou.
A inspetora de Polícia Civil, Rafaela dos Santos Gomes, da Deam (Delegacia Especializada da Mulher) Montenegro, apontou como ficar em lar tóxico contribui para propagar os crimes de gênero. Segundo ela, o menino normaliza essa violência que testemunha, e ao ser um homem adulto reproduzirá em seus relacionamentos.
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Falta a casa de passagem

O vereador Tales Ferreira, presidente do Legislativo, foi convidado a fazer uso da palavra, quando aproveitou para cobrar do governo Zanatta a instituição de uma casa de passagem para acolher essas mulheres vitimadas, ferramenta que ainda não constituía rede de apoio. Em suas palavras, não falta dinheiro, mas vontade de fazer. “A principal cidade do Vale do Caí não tem uma casa de passagem, e já passou da hora de ter”.
Então em sua fala, o secretário de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação, José Vitor Cardoso, anunciou que Montenegro está encaminhando a compra de vagas em casa especializada de outro município. Já a assistente social, Carliane Pinheiro, completou que, devido à Deam e o Fórum terem responsabilidade regional, as demais prefeituras deverão ser chamadas para contribuir com essa instalação. “Montenegro não precisa abraçar sozinha”, apontou.
Confira a programação
-Dia 08 – Sábado/ Dia Internacional da Mulher
9h30min – Divulgação de serviços e material informativo
Local: Praça Rui Barbosa
-Dia 10 – Segunda-feira
19h – Painel Representividade e Valorização
CUFA/ DEAM/ Brigada Militar
Local: Teatro Roberto Atayde Cardona
Faça contato
- WhatsApp exclusivo da Deam Montenegro (51) 984-440-606
- Centro de Referência da Mulher Florescer (51) 3649-1480 / 989-622-804