Furto de cabos no dia 14 de janeiro deixou escola totalmente sem energia elétrica
O Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente de Montenegro, está há meses enfrentando problemas de falta de energia elétrica. A situação teve início em setembro do ano passado, quando um furto de cabos deixou parte das salas de aula sem luz. Mas a situação se agravou em 14 de janeiro deste ano, quando o quinto furto em um período de cinco meses acabou deixando a escola totalmente sem energia elétrica.
No mais recente roubo, os bandidos atacaram a subestação da escola e levaram parte da fiação subterrânea. Agora, com toda a instituição sem luz, a volta das aulas presenciais é incerta. O ano letivo de 2021 na Rede Estadual inicia no dia 8 de março com modelo hibrido, ou seja, aulas remotas e presenciais. “Na atual situação nós não temos condições de receber alunos na escola. Sem luz não tem como, nós não temos nem como trabalhar”, ressalta o diretor da instituição, Luís Carlos Hummes. A expectativa é que a situação seja resolvida antes do início do período letivo de 2021, o que depende de providências da Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
Desde o dia 14 o atendimento administrativo da escola está sendo realizado de forma remota. O diretor conta que solicitou orientações para a 2º Coordenadoria Regional da Educação sobre como ficaria o atendimento na instituição, mas não teve nenhum retorno. Para não deixar a comunidade escolar desassistida Luís Carlos resolveu agir por conta própria e criou uma conta de email para fazer os atendimentos. “Muitos estão entrando em contato comigo no meu telefone particular e eu encaminho a conta de email. Por ali a gente está orientando a comunidade sobre as matrículas, rematrículas, solicitações de históricos e atestados de frequência”, explica Luís.
Para o diretor uma ação simples e quase sem custo para o Estado seria a solução para trazer mais segurança à instituição. Trata-se da autorização por parte da Seduc para um policial militar da reserva morar em uma casa no pátio do colégio, o que já acontecia até 2017. “Quando tinha um PM residente na escola nós não sofríamos esses ataques, porque tinha alguém cuidando, agora a escola fica totalmente à mercê”. A solicitação foi feita por Luís Carlos ainda em 2017, mas até hoje ele não obteve nenhum retorno da pasta.
Questionada sobre a situação da escola, a Seduc informou que já disponibilizou o valor de R$ 64 mil para contratação de uma empresa que irá efetuar os reparos e substituir os fios da rede elétrica que foram roubados. Sobre a segurança da instituição, a Seduc afirmou que está iniciando os trâmites para contratação de uma empresa de vigilância 24h. A iniciativa visa trazer mais tranquilidade para a comunidade escolar e evitar que ocorram novos furtos. No entanto, a pasta não deu prazo para o início dos reparos na rede elétrica e nem para a contratação da empresa de segurança. Também não informou se estará tudo pronto até o retorno das aulas. Da possibilidade de um policial da reserva morar no pátio da escola, a Seduc foi questionada, mas não respondeu a pergunta.