Rodeio classifica prendas e peões para o Fecars

Final de semana com calor de 35º não afastou os tradicionalistas do evento no Parque Centenário

A coordenação da 15ª Região Tradicionalista (RT) comemora o sucesso da 14ª Festa Campeira Regional, que reuniu centenas de tradicionalistas neste final no Parque Centenário, em Montenegro. Mais de 300 apaixonados pela cultura gaúcha, de todas as idades e de várias cidades do Estado, se inscreveram nas provas de tiro de laço, vaca parada, gineteada e rédeas. Além de competitivo, o rodeio classificou prendas e peões da região para a 31ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars).

O calor escaldante de 35°C não foi problema para o público, que acompanhou de perto o desempenho das gaúchas e dos gaúchos. Integrantes de uma equipe de São Sebastião do Caí, Henrique Ramires da Silva e Éderson Flores aproveitaram ao máximo os três dias. “Desde piá me envolvo com rodeio, nasci e me criei nesse meio. Morava com meu pai na fazenda. A melhor parte da festa é no sábado, que tem o tiro de laço e, à noite, tu podes aproveitar mais”, conta Henrique. “A paixão pela cultura gaúcha está no sangue, desde pequeno”, complementa Éderson.

ERNANI Nunes participa há 40 anos

Quem também prestigiou a festa campeira foi o tradicionalista Ernani Nunes, vice-patrão do Piquete de Lançadores Timbaúva. “Me envolvo com rodeios há 40 anos. E nós, que somos mais antigos, viemos pelo prazer, pela convivência, pelo acampamento”, ressaltou. Segundo ele, os mais velhos querem prestigiar a festa. Já os jovens são mais competitivos, muitos vêm pensando nas premiações.

Churrasco, cerveja e trova na sombra
Muitas famílias acamparam no Parque Centenário, que recebeu algumas melhorias através de mutirão. Churrasco não faltou à sombra da área de camping, que virou um grande piquete. No acampamento das famílias Freitas e Souza, do DTG Acácia Negra, o “costelão” foi para o fogo na tarde de sábado.

Paulo Vilmar de Souza, 49 anos, explicou que não era o tradicional 12 horas.

FAMÍLIAS Freitas e Souza chagaram sexta-feira e sábado colocaram uma costela de 13 quilos no fogo para um jantar de valorização das tradições

Seriam umas 8 horas na brasa, ficando pronto para a janta e permitindo que o violão choramingasse Vaneira e Milonga até a meia-noite. “Se tu não ‘acampa’ tem pouco tempo. Vem, olha e vai embora! Assim (acampado) aproveita mais”, defendeu.

Em outra sombra o jovem Augusto Zanatta de Andrade exercitava o tiro de laço na vaca parada, incentivado pelos parceiros da Hotelaria Estância do Calipião. Mas era apenas brincadeira, pois o piá de 10 anos já laça montado e no sábado passou pela cancha. E essa é mais uma história de paixão hereditária pelo folclore. “Meu pai comprou cavalo e tava laçando, e eu disse: ‘pai quero laçar também’”, recordou. A mãe, Andréia Zanatta, lembra que isso aconteceu quando ele tinha cinco anos e logo seu esposo, André Leandro de Andrade, passou a treinar o filho.

Os vencedores
Pai e Filho: 1º lugar – Altair Batista e Marco Antônio Batista; 2º lugar – Fabio Alexandre Castro e Rafael Castro. Laço Três Gerações: Altair Batista (vô), Marco Antônio Batista (filho) e Marquinho Batista (neto). Laço Irmão: 1º – Priscila Jardim e Filipe Jardim; 2º – Júnior Maciel e Diego Maciel. Veterano: 1º – Marco Antônio Marguês de Vargas; 2º – Beto Senger. Laço Vaquiano: 1º – Altair Batista; 2º – Jorge Oliveira. Laço Piá: 1º – Arthur Moisés; 2º – Luan Fogaça. Laço Guri: 1º – Patrick Silva; 2º – Tiago de Oliveira Viegas. Laço Prenda: 1º – Jéssica Müller; 2º – Joana Oliveira. Laço Patrão:1º – Leandro Weyh; 2º – Wagner Flores. Laço Capataz: 1º – Marcos Leandro Kuhn; 2º – Juliano Couto. Laço Seleção (individual): 1º – Cassiano Pedrussi; 2º Rafael Pufes. Gineteada: Willian da Silva.

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