Após cinco meses das enchentes devastadoras que atingiram Montenegro e 1.900 pessoas sem receber o Auxílio Reconstrução, uma nova portaria do Governo Federal busca agilizar os pagamentos pendentes, oferecendo aos moradores a oportunidade de regularizar a documentação necessária para liberação dos recursos. Para isso, os montenegrinos que ainda não receberam o benefício deverão se dirigir à Secretaria Municipal de Habitação, no Palácio Rio Branco, antiga sede da Prefeitura, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 16h30min.
De acordo com Vitor Cardoso, secretário de Habitação, a liberação do recurso foi viabilizada por uma plataforma federal específica para o auxílio. Ele explica que nos últimos dias, os benefícios foram negados para os moradores, mas agora há a possibilidade de recorrer. “Todos os benefícios que estavam em análise foram negados pelo governo e agora se possibilitou essa oportunidade de encaminhar um recurso”, diz Cardoso, esclarecendo que o recadastramento inclui casos específicos, como famílias unipessoais.
Para essas famílias, o procedimento envolve a entrega de comprovantes de endereço e documentos de identificação diretamente na secretaria. “Uma pessoa tem que trazer a documentação aqui na secretaria e a gente faz um relatório circunstanciado do município informando essa condição que, de fato, aquela pessoa mora sozinha, por exemplo. Com o nosso atestado, o princípio é para liberar o benefício”.
Além disso, tem situações em que é possível colocar a localização georreferenciada do imóvel, e aqueles que não possuem comprovante de residência formal podem submeter uma autodeclaração diretamente na secretaria. Desde o início da semana, cerca de 300 famílias foram atendidas. “O pessoal está vindo, a gente esperava que viessem mais, por isso mobilizamos uma equipe de cinco assistentes sociais”. O atendimento leva em média 20 minutos por pessoa, devido ao preenchimento de diversos formulários.
Ainda faltam cerca de 1.300 famílias para completarem o recadastramento, mas Cardoso reforça que não há um prazo limite previsto. “Isso é uma coisa boa, mas é bom que as pessoas já venham. Estão precisando também, não se sabe até quando vai”. O objetivo é encerrar todos os atendimentos até o final da próxima semana.