Novos pedaços do forro de gesso da agência do Sine Montenegro desabaram durante o final de semana. Na segunda-feira, 11, o atendimento iniciou com pedaços da estrutura pelo chão, alertando alguns usuários.
Foi mais uma “etapa” desde o primeiro desabamento, ocorrido ainda na primeira quinzena de junho. Há tempo com infiltrações na edificação, naquele dia a água da chuva acumulou no forro e ele veio abaixo. Por sorte, tudo ocorreu durante a madrugada. Até mesmo a luminária da sala do coordenador caiu.
Na última reportagem sobre a situação, em 23 de outubro, o posicionamento da coordenação da unidade era de que ocorreu a vistoria necessária, mas, quatro meses depois, ainda faltava o relatório dela para que se verificasse o que precisava ser feito para o conserto. Uma nova parte do forro caiu na segunda, mas, segundo a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), que gerencia o Sine, ao menos há alguma definição. Foi acertado com o prefeito Kadu Müller que técnicos da Prefeitura farão a retirada das partículas restantes da estrutura para que não ocorram novos desabamentos. Usarão um dia de chuva, sem trabalhos externos, para o serviço.
E ciente do problema maior, que são as infiltrações, a Fundação garante que já trabalha em um projeto para realização de uma obra de engenharia em todo o prédio, que é de propriedade do Estado e está cedido a ela e ao IGP. “O projeto servirá de base para a captação de recursos financeiros que viabilizem a recuperação do imóvel”, colocou a entidade, em nota à reportagem.
Há entraves financeiros no caminho, porém. A FGTAS explicou que a operacionalização do Sine se dá por meio de um convênio firmado entre o governo estadual e o Ministério da Economia para oferecer todos os serviços da unidade. “A FGTAS, no entanto, ainda não recebeu o recurso previsto”, alertou. “E devido à falta de repasse federal, o Governo do Estado tem arcado com as despesas básicas para manutenção dos atendimentos prestados aos trabalhadores gaúchos”.