Prédio histórico corre risco de desabamento após cheias

Prefeitura aguarda novo parecer do MP sobre a possibilidade de demolição

A situação crítica de um prédio histórico na Rua Osvaldo Aranha, em Montenegro, foi reportada ao Jornal Ibiá por Gustavo Figueiredo, um leitor preocupado com a segurança no local. Ele já possui um protocolo em aberto com a Prefeitura, buscando uma solução para o risco de desabamento do imóvel, que fica quase em frente à Estação da Cultura.

A estrutura, que faz parte do patrimônio histórico da cidade, sofreu danos significativos após as últimas enchentes que atingiram a região. Com o risco iminente de colapso, a comunidade e as autoridades se dividem entre a preservação do bem e a necessidade urgente de garantir a segurança dos transeuntes, especialmente em uma área próxima a escolas e com grande circulação de pessoas.

O prédio integra a lista de bens passíveis de tombamento, o que tem impedido sua demolição, apesar de um pedido feito em 2019. Contudo, a gravidade dos danos e a dificuldade em localizar os herdeiros legais do imóvel tornaram a situação ainda mais preocupante.

O que diz a Secretaria de Obras
Orlando Aguilera, secretário de obras de Montenegro, relata as ações da Prefeitura em relação ao prédio. “Após a enchente, a corrente de água naquela área foi muito forte, causando danos graves. Realizamos uma vistoria em 21 de maio, em conjunto com a Diretoria de Fiscalização de Obras e Posturas, e emitimos um termo de interdição”, informa.

A complexidade do caso aumentou quando as autoridades descobriram que o proprietário original havia falecido, e o imóvel estava no meio de um processo de herança. “Tivemos dificuldade em localizar o novo proprietário, que reside em Triunfo. Mesmo assim, conseguimos notificá-lo, mas o Ministério Público não autorizou a demolição, orientando a realização de escoramento”, ressalta Aguilera.

Embora o escoramento tenha sido feito pelo proprietário, o risco de desabamento persiste. “Emitimos um novo laudo recentemente, que mostra que, apesar do escoramento, o perigo continua. Mantivemos os tapumes, especialmente pela proximidade com uma escola, para garantir a segurança dos pedestres”.

Atualmente, a Prefeitura aguarda um novo parecer do Ministério Público sobre a possibilidade de demolição do prédio. “Do ponto de vista da engenharia, não vemos uma solução viável para recuperar o imóvel. Sabemos da sua importância histórica, mas a segurança precisa ser priorizada”, conclui.

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