Posto de emissão das carteiras de identidade ainda não foi homologado

Quatro meses depois, oficialização ainda depende da cessão de um estagiário

Os montenegrinos passaram meses sem um local para emissão das carteiras de identidade. O serviço foi interrompido em julho de 2018, quando o servidor responsável se aposentou, e demorou até que o Estado oficializasse a contratação de um novo profissional. Ele foi, enfim, reaberto em 15 de abril deste ano, em caráter de “testes”, até receber a homologação para funcionar. Hoje, já emite quase 500 carteiras por mês, só que ainda não é dado como oficialmente aberto.

O que tranca o trâmite é o acordo que, dos dois estagiários que trabalham no posto, um seria cedido pelo governo estadual e outro pelo governo municipal, via Consepro. O do Estado já foi contratado, mas o que seria cedido pela Prefeitura, ainda não. Sem a homologação, ainda não há o serviço de agendamento online para emissão dos documentos, que seria feito no site do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Quem entra lá, aliás, nem localiza o posto de Montenegro como ativo.

Fisicamente, o serviço está atendendo na agência do Sine, inclusive com fluxo melhor do que antes do fechamento, quando havia distribuição de fichas e os interessados precisavam “madrugar” em frente ao local para garantir o lugar na fila. É que estão, de fato, trabalhando dois estagiários no auxílio do responsável pelo posto, mesmo que um deles ainda dependa dos trâmites para a oficial contratação. Se ela não se efetivar, o atendimento deve acabar voltando ao velho sistema de fichas.

A Prefeitura não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre o caso. Mas, conforme o presidente do Consepro, Nelson Timm, o governo municipal não está medindo esforços para solucionar o problema no decorrer destes quatro meses. Segundo ele, o que ocorre é que há uma cota de estagiários que podem ser contratados pela Administração e, por isso, é necessário algum remanejo. Timm acredita que logo a situação será normalizada.

Falta dos documentos corretos ainda dificulta o atendimento
Contratado para comandar o posto de identificação, Josué Luis Kuhn comemora o bom fluxo de trabalho da nova gestão que, apesar da falta da homologação, já passou das 2 mil carteiras emitidas. O serviço atende não só ao município de Montenegro, mas a mais de 20 outros nos arredores.

Mas segundo ele, o que poderia melhorar ainda mais o andamento do atendimento, seria o preparo dos interessados. “Boa parte dos que vem, chega sem trazer a certidão, que é obrigatória. É o que mais atrapalha”, alerta. Para fazer sua carteira, o cidadão, precisa, obrigatoriamente, levar sua certidão. A de nascimento, se solteiro, ou a de casamento, com averbação de divórcio ou de óbito do cônjuge, se for o caso. É lei, também, que o documento tem que estar em boas condições, sem manchas, rasuras, rasgos ou plastificação. Um documento onde conste o CPF, ainda, é preciso.

E a partir deste ano, a pessoa também pode optar por adicionar outros dados em sua identidade. Levando documentos oficiais comprobatórios, ela tem a opção de adicionar, na hora, números de identificação do: Cartão Nacional de Saúde, Identidade Profissional, Carteira de Motorista, Carteira de Trabalho, Certificado Militar, Título de Eleitor, PIS/PASEP, CPF, DNI, tipo sanguíneo, nome social e condições peculiares de saúde.

O posto está atendendo por ordem de chegada, das 8h às 11h e das 13h às 15h, com exceção das tardes de sexta-feira. 1ª via, idosos com mais de 65 anos, vítimas de roubo e beneficiários do Bolsa Família têm gratuidade. Os demais pagam, via boleto, uma taxa de R$ 68,00 à R$ 88,00.

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