A sala do coordenador da agência do Sine Montenegro passou a semana interditada. Durante a madrugada de segunda para terça-feira, parte do forro de gesso do prédio cedeu, derrubando uma das luminárias do espaço que, hoje, está só pendurada pelos fios.
Do lado de fora também, um amontoado de gesso no chão, logo ao lado do hall de entrada, denuncia o buraco feito na parte de cima. O problema era anunciado já há alguns anos.
Na manhã dessa sexta-feira, 14, profissionais da área elétrica e de gesso estavam na agência levantando os reparos necessários. “Minha intenção é que seja seguro para quem transita aqui”, ressaltou o coordenador, Roque da Rocha. A preocupação número um é com as fiações que conduzem eletricidade.
Já era conhecimento público que o prédio sofria com infiltrações. Em dias de chuva forte, baldes precisavam ser espalhados ao longo da agência para aparar a água que vertia do teto. O gesso já preteando pela umidade anunciava o risco; e Roque garante que a entidade já se organizava para promover melhorias. O desabamento do gesso, segundo ele, deu-se por que a água acumulada no forro pesou com as recentes chuvas.
A área da queda foi isolada, mas nenhum atendimento foi comprometido na agência. Um engenheiro da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), que mantém o Sine, esteve em Montenegro já na terça-feira para analisar a situação. Com o orçamento feito ontem, a situação é tratada como uma prioridade, embora não possam ser dados prazos. A maior parte do forro será trocada, mesmo onde não desabou.
A manutenção da edificação, no Centro, já havia chamado atenção do governo estadual em setembro do ano passado, quando, do lado de fora, um pedaço de concreto se desprendeu da marquise em uma noite de chuva. O prédio, com quase meio século, é do Estado e está cedido à FGTAS até 2021. É compromisso da Fundação mantê-lo funcionando e com boa conservação. Na ocasião, o governo colocou à reportagem que daria uma notificação aos responsáveis pelo não cumprimento das regras de cuidado.