Plano de Contingência do HM Regional é tema de reunião com o Simers

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e a direção do HM Regional se reuniram na quarta-feira, 26, para discutir o Plano de Contingência elaborado pela 8ª Região da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde. O documento, redigido em 21 de março, foi apresentado aos médicos do hospital no último dia 24.

A reunião ocorreu após os médicos PJ (Pessoa Jurídica) do hospital suspenderem atendimentos eletivos e de baixa complexidade (fichas azuis e verdes), devido aos atrasos nos pagamentos. De acordo com o Simers, há divergências entre as diretrizes descritas no Plano de Contingência e a realidade vivenciada no hospital.

O Plano estabelece que, em situações de urgência e emergência, os pacientes devem ser encaminhados para os hospitais Universitário (HU), em Canoas, São Camilo, em Esteio, e São Carlos, em Garibaldi. Contudo, na prática, esses hospitais de referência têm se recusado a aceitar pacientes transferidos pelo HM, alegando falta de comunicação por parte da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), o que implica em desconhecimento do Plano.

Durante a reunião, Lúcia Osório, conselheira do Simers, destacou os impactos dessa falha tanto para os médicos, que se encontram em operação padrão, quanto para a qualidade da assistência prestada à população. O Simers solicitou à administração do HM que busque esclarecimentos junto à 8ª Região e que promova a devida divulgação das normas temporárias, para garantir que os hospitais e as secretarias de saúde das cidades atendidas pelo HM, como Barão, Brochier, Capela de Santana, Harmonia, Maratá, Pareci Novo, Salvador do Sul, São José do Sul, São Pedro da Serra, São Sebastião do Caí, Triunfo e Tupandi, estejam devidamente informados e preparados.

Segundo o Sindicato, o HM se comprometeu a encaminhar até a manhã dessa quinta-feira, 27, um comunicado à Coordenadoria Regional, buscando resolver a situação e evitar prejuízos tanto para os médicos quanto para os pacientes. A reportagem tentou contato com o hospital para confirmar o envio do comunicado, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Quanto ao pagamento dos valores pendentes aos médicos, o diretor financeiro do HM, Felipe Leser, anunciou que, nos próximos dias, será confirmada a atualização do Teto MAC e o repasse de R$ 30 milhões à instituição. A expectativa é regularizar os débitos com os profissionais até a segunda quinzena de abril. No entanto, segundo Leser, ainda são necessárias a edição de uma Lei e a publicação de uma Portaria no Diário Oficial da União para que os valores sejam repassados ao hospital.

Segundo Simers, médicos PJ não estão realizando atendimentos eletivos e de baixa complexidade devido a atraso nos pagamentos

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