Através do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a professora Daniella Gac, da Universidad de Los Lagos, do Chile, esteve em Montenegro realizando visitas em propriedades rurais. Daniella é pesquisadora do Centro de Estudos do Desenvolvimento Regional e Políticas Públicas (Ceder) e diretora acadêmica da sede de Santiago da universidade chilena. Um dos locais visitados no município foi a propriedade da família Kranz, que fica na localidade de Alfama. No local os agricultores João Kranz e Márcia Kranz trabalham com o sistema agroflorestal e com a biodinâmica.
As visitas nas propriedades rurais fizeram parte do projeto Políticas públicas, novos acordos institucionais e participação social: um estudo comparativo sobre as políticas de desenvolvimento territorial no Brasil e no Chile, que é coordenado pela Unisc e apoiado pelo Ceder. Daniella explica que a visita estava programada para 2020, mas acabou sendo adiada por causa da pandemia. “Com este estágio estamos reativando o convênio de colaboração e cooperação entre as instituições, mas também estamos reforçando as redes de intercâmbio com a equipe da Unisc. A eles caberá trabalhar conosco em Santiago e Osorno (no Chile) em junho, setembro e novembro deste ano”, afirma.
Além de Montenegro, Daniella realizou visitas no Vale dos Vinhedos, onde conheceu o processo de produção da uva pelos pequenos produtores. A pesquisadora também esteve em um assentamento do MST em Viamão, onde conheceu a produção de arroz orgânico. No RS, a professora ainda ministrou um curso sobre as Transformações Territoriais Rurais no Chile, no qual trouxe o caso da indústria vinícola chilena, e nesse contexto, o objetivo foi avançar na análise, comparação, e desenvolvimento com a indústria do tabaco no Estado. A ideia é que seja iniciado um intercâmbio de projetos, de teses, de experiências e de trabalho.
Para a professora da Unisc Montenegro, Cidonea Machado Deponti, a visita da pesquisadora chilena está dentro de um processo de internacionalização dos programas de pós-graduação da universidade. “Essas atividades podem permitir que ocorra o intercâmbio entre estudantes e pesquisadores. Além disso, a internacionalização promove o alargamento do horizonte de interlocução entre as pós-graduações, ampliando a qualificação dos programas”, diz Cidonea. (WM)