Pesquisa confirma queda no número de casamentos

IBGE revela que o número de casamentos formais caiu em 2%, em Montenegro, índice semelhante a média nacional

Após morarem juntos por cinco anos, comprarem um apartamento, trocarem o carro, realizado algumas viagens, a especialista em custos Amanda Barbosa Schussler, 34 anos, e o supervisor financeiro, Angelo Cesar Pinheiro Schussler, 32, decidiram formalizar a união. O casamento civil ocorreu em Montenegro, cidade da família dele e, a cerimônia religiosa, foi em São Paulo, onde mora a família dela.

“Entendemos que precisávamos desse tempo para solidificar melhor nossa união, construir nosso lar, realizar nossos sonhos de viajar e conhecer lugares novos”, afirma Amanda. “Até que chegou uma hora que o passo seguinte foi oficializar, comemorar e compartilhar todas as conquistas com as pessoas especiais que fizeram parte de tudo isso”, acrescenta.

Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a formalização do casamento está queda no país e, em Montenegro, a situação não é diferente. Conforme os dados, em 2017 houve 243 casamentos registrados no município, enquanto que, no ano anterior, foram 248. A diferença representa uma queda de 2,01%. Esse percentual se assemelha ao verificado no país, que ficou em 2,3% negativo.  O índice, porém, aumenta na comparação com 2015, quando o número de casamentos em Montenegro chegou a 275. Em relação a 2017, verifica-se a variação negativa de 11,63%.

A ideia de oficializar a união partiu dela. “Após esses 5 anos, passei a desejar que esse momento acontecesse. Já estava dando certo, então não tínhamos o porquê de não fazer”, afirma Amanda. “Isso nunca foi um sonho, apenas um desejo mesmo de ter documentado esse momento especial, com festa, fotos e a companhia de pessoas que amamos”, acrescenta. Eles se conheceram há sete anos, quando trabalhavam na mesma empresa, em São Paulo.

Na avaliação das estatísticas que demonstram a queda na oficialização do casamento, Amanda menciona o aspecto financeiro, no qual pondera o alto custo de uma festa. “Muitos casais não têm condições de comprarem e mobiliarem uma casa e ainda assim fazer a festa de casamento”, analisa. Desta forma, acredita que o casal opta pelo que considera prioritário, na maioria dos casos, a aquisição de uma residência.

Ela acrescenta que, com o passar do tempo, a família vai se estruturando dessa forma, não vendo necessidade de formalizar a união. “Mesmo porque, a vida a dois não muda com a oficialização ou não do casamento. O que importa mesmo é a convivência e a construção da família”, afirma. “Tem também os casais que preferem simplesmente morar juntos sem essa formalização e não veem a necessidade do casamento até mesmo pela burocratização e custos que um possível divórcio pode acarretar”, complementa.

O casamento civil de Amanda e Angelo ocorreu há quase um ano, no dia 2 de dezembro de 2017, no salão de festas do Clube Riograndense. Fazer a cerimônia do civil no município e, a religiosa, em São Paulo foi uma forma de facilitar a participação das famílias e amigos de ambos. “Como nossa família está dividida entre São Paulo e Rio Grande do Sul, decidimos nos casar no civil em Montenegro e no religioso em SP. Assim todos os familiares, amigos e pessoas queridas puderam participar”, observa.

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Enquanto o número de registro de casamento caiu no país, o de divórcio aumentou 8,3% em 2017 frente a 2016, com uma taxa geral de 2,48 divórcios para cada mil pessoas com 20 anos de idade ou mais.

Em Montenegro, no entanto, o número de divórcios caiu um pouco no ano passado em relação a 2016. Foram 89 e 92 divórcios respectivamente, o que representa uma diferença negativa de 2,1%.

 No país, entre 2007 e 2017, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio caiu de 17 para 14 anos, mostrando um tempo menor de duração das uniões.

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