Obra de Enio Pinalli é restaurada e entregue ao MAM

“Evolução da Ciência” passou por reparos cautelosos para manter a originalidade da peça

Restauradora Mara Nizolli, de Pelotas, fez a reentelagem da tela, removendo-a da moldura antiga e instalando-a em uma nova estrutura

Após anos sem manutenção, a obra de arte “Evolução da Ciência”, do pintor Enio Pinalli, foi restaurada e reintegrada ao acervo do Museu de Arte de Montenegro (MAM). O trabalho envolve ações voluntárias de profissionais especializados e o apoio da comunidade local, com cooperação da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural (DIPAHC) e suporte da Prefeitura de Montenegro. A conclusão dos trabalhos ocorreu nessa quinta-feira, dia 19.

A restauradora Mara Nizolli, de Pelotas, fez a reentelagem da tela, removendo-a da moldura antiga e instalando-a em uma nova estrutura confeccionada com madeira de ipê. A moldura foi produzida por servidores da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMED) e protegida com cupinicida para garantir proteção contra pragas.

O artista plástico Érico dos Santos realizou a última etapa do processo. Ele efetuou a limpeza da tela, corrigiu incisões presentes na pintura e fez o retoque do óleo, respeitando a composição original da obra. “O restaurante deve preservar a essência da obra, sem interferir na criação do autor”, explica Érico.

Danos na tela exigiram sua restauração

De acordo com a diretora do DIPAHC, Juciele Paz, a restauração foi uma das prioridades apontadas pelo Conselho do MAM, que havia identificados problemas como rasgos na tela e danos causados ​​aos cupins. A comunidade montenegrina, junto à Associação de Amigos do Serviço de Patrimônio Histórico e Cultural de Montenegro, mobilizou-se para arrecadar fundos destinados ao transporte e materiais necessários ao trabalho. As etapas realizadas por Mara e Érico foram feitas de forma voluntária.

Com a conclusão da restauração, “Evolução da Ciência” volta a ser acessível ao público, representando não apenas o talento de Enio Pinalli, mas o esforço coletivo para a preservação cultural. A diretora do DIPAHC destaca que iniciativas como essa reforçam a importância do engajamento comunitário e da valorização do patrimônio artístico da cidade. A obra, agora protegida contra futuros danos, permanece como um símbolo de dedicação à memória cultural.

Juciele lembra que a entrega do quadro é o quarto restauro realizado em menos de um ano. “Já fizemos o restauro de dois bustos, de Flores da Cunha e Borges de Medeiros, que são do museu histórico e um outro quadro, do acervo do MAM”, comenta.

O artista plástico Érico dos Santos realizou a última etapa do processo de restauro
A imagem de Flores da Cunha Flores antes e depois do restauro

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