As vendas dos supermercados gaúchos cresceram 8% nesse Natal em comparação com o ano passado. O dado da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) pode surpreender diante de um ano como 2020, mas, segundo a entidade, tem relação direta com a pandemia de coronavírus. É que, sem grandes aglomerações, as famílias ficaram mais divididas e, com isso, acabaram sendo feitas mais ceias do que em anos anteriores.
“Um grupo que passava o Natal entre 15 pessoas e adquiria uma única ave para a ceia, neste ano dividiu-se, comprando mais de uma ave – sobretudo as mais baratas. Além disso, com menos pessoas na ceia, o consumidor muitas vezes permitiu-se adquirir produtos de maior valor agregado, já que estes itens foram consumidos em quantidades menores”, observa o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
A associação também indica como motivos importantes para o crescimento da comercialização o calor, que alavancou a venda de bebidas, e o próprio auxílio emergencial do governo federal, já nas últimas parcelas de R$ 300,00 sendo oferecidas às famílias mais carentes.
A apuração não avalia que a alta de preços dos produtos da ceia possa ter sido fator para o acréscimo nas vendas em termo de receita.
Para a semana do Ano-Novo, além dos espumantes, os supermercados apostam na comercialização de itens típicos como lentilha, carne suína, sobremesas e outras bebidas. “O crescimento das vendas deverá ser similar, até pela projeção climática de tempo bom”, pontua Longo.
