Ninguém interessado em assumir a revitalização da orla do Caí

A licitação foi deserta. É o que diz o site da Prefeitura sobre a tomada de preços das empresas interessadas em assumir a obra de revitalização da orla do Rio Caí. A atividade ocorreu na manhã dessa sexta-feira, 3, sem nenhum interessado.

O projeto de revitalização já tem verba garantida oriunda do Ministério do Turismo, mas é bastante polêmico. Nesta semana mesmo, o vereador Felipe Kinn (MDB) protocolou uma sugestão ao Executivo para que revogasse a abertura de crédito especial para a obra, avaliando que não haveria sentido embelezar o espaço antes de trabalhar na garantia de sua segurança. Dois pontos do Cais, afinal, já desmoronaram. Um dos casos ocorreu no sábado passado.

Kinn colocou que não queria a revitalização, “até que seja apresentado à comunidade um projeto de segurança na estrutura da orla, antes de usarem qualquer tipo de recurso público em cima de algo que pode desmoronar a qualquer momento.” A sugestão não foi acatada e o processo seguiu até ontem, com a licitação deserta.

A revitalização é orçada em R$ 255 mil e o valor vindo da União deve ser aplicado até agosto no projeto aprovado, ou será perdido. São previstas intervenções em um trecho de 105 metros entre as ruas Doutor Flores e João Pessoa, com reforma do quiosque, revitalização das calçadas, colocação de floreiras, dentre outras. Ali não houve desabamentos. Sem empresas interessadas em assumir a obra, é de praxe que o projeto passe por readequações até que novo edital seja lançado.

Enquanto isso ocorre, parte da orla segue interditada pelo recente desabamento. A rua foi aberta praticamente de fora a fora para a troca da rede pluvial que, segundo a Prefeitura, é a mesma desde a construção da estrutura. O trânsito está interrompido e não há prazo, ainda, para a conclusão das intervenções.

Sobre a parte estrutural do local, onde são visíveis rachaduras em diversos outros trechos, um relatório foi enviado para o Programa de Prevenção a Desastres Naturais do Governo Federal já no ano passado. Não se tem notícia da vinda da verba necessária e, legalmente, o dinheiro para a revitalização não pode ser realocado para os trabalhos realmente necessários.

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