Mudanças no agendamento para recebimento de cestas básicas pelo CRAS

Agora, usuários podem agendar o atendimento a qualquer dia da semana

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) realizou mudanças no processo de agendamento para o recebimento de cestas básicas por parte de famílias em vulnerabilidade social. Para falar sobre essas mudanças e esclarecer dúvidas sobre o processo de distribuição, o Programa Estúdio Ibiá recebeu a diretora de Assistência Social da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação, Carliane Pinheiro, e a coordenadora do CRAS, Simone Drescher.

Simone, que assumiu como coordenadora do CRAS em janeiro de 2025, explicou uma das principais mudanças implementadas: o novo fluxo de agendamento. Antes, os usuários precisavam se dirigir ao CRAS toda sexta-feira para agendar um atendimento, o que resultava em grandes filas. “Víamos que muitos chegavam até de madrugada para conseguir uma ficha de atendimento, mas nem sempre conseguiam ser atendidos”, comentou Simone.

Agora, com a mudança, os usuários podem agendar o atendimento a qualquer dia da semana dentro do horário de funcionamento do CRAS, que segue em turno reduzido, das 7h às 13h. “Isso tem facilitado a vida das pessoas. Não há mais essa pressão de ter que ir exclusivamente na sexta-feira, o que tem diminuído a espera e melhorado o atendimento”, completou Carliane.

Outro ponto foi os critérios para a distribuição das cestas básicas. Muitas pessoas têm questionado que, para conseguir uma cesta básica, era necessário passar por um psicólogo. No entanto, as duas responsáveis esclareceram que o processo de avaliação já existia e que não houve mudanças significativas, além da flexibilização no agendamento. A avaliação é feita por profissionais técnicos do CRAS, como assistentes sociais e psicólogos, e segue a legislação vigente, que determina que a cesta básica é um benefício eventual, não contínuo.

Diretora de Assistência Social, Carliane Pinheiro, e a coordenadora do CRAS, Simone Drescher

“A gente precisa avaliar a real situação de vulnerabilidade social do usuário. O benefício não pode ser oferecido de forma indiscriminada, sem uma análise da necessidade da pessoa ou da família. Isso garante que o apoio seja direcionado a quem realmente necessita”, afirmou Carliane. Simone destacou que, em caso de grande vulnerabilidade, o usuário pode ser atendido imediatamente por um técnico. “Se alguém chegar precisando de ajuda urgente, com fome, por exemplo, conseguimos encaixar o atendimento e fornecer o auxílio imediato”, afirmou.

Banco de Alimentos regulamentado

Uma das novidades mais recentes é o Banco de Alimentos, que agora está regulamentado. Com isso, empresas locais podem contribuir com alimentos, o que, segundo a coordenadora do CRAS, vai aumentar a oferta de alimentos para as famílias que necessitam. “O banco já existia de forma informal, mas com a regulamentação, conseguimos receber mais doações e, assim, ampliar nosso suporte”, explicou Simone.

Além disso, Carliane destacou que o CRAS oferece outros serviços, como grupos de convivência e fortalecimento de vínculos, oficinas de capacitação, e apoio na busca de emprego. “Nosso objetivo é fortalecer a autonomia dos usuários, para que não precisem depender permanentemente de benefícios.

Queremos ajudar os usuários a se organizar e encontrar soluções para seus problemas, como o desemprego ou a falta de uma rede de apoio”.

O CRAS também oferece oficinas de artesanato, como explicou Simone. “Temos grupos também no interior, como em Muda Boi e Rua Nova, que participam dessas atividades. Elas não só promovem a capacitação, mas também trabalham a autoestima e dignidade dos participantes”. Além disso, o Centro oferece apoio psicossocial, com grupos de convivência para diferentes faixas etárias e interesses, como a capoeira para jovens, e grupos de fortalecimento para homens. Essas iniciativas criam redes de apoio para aqueles que estão em situação de fragilidade.

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