Localizada no bairro Bela Vista, a principal reclamação é com a falta de asfaltamento, escoamento de água e buracos
Rua íngreme, sem asfaltamento e com um filete de água que insiste em correr ladeira abaixo. Assim é a Ibirubá, no alto do bairro Bela Vista, em Montenegro. Os moradores denunciam o descaso do poder público com o problema. Segundo eles, dificilmente a via tem manutenção ou um “olhar cuidadoso” da Administração Municipal.
Residindo há 55 anos na rua, Darci Rodrigues se mostra indignado com a situação. Com documentos em mãos, demonstra que desde 2014 vem cobrando, incisivamente, que algo seja feito por parte da Prefeitura. “Todo mundo aqui se propôs a dividir o custo do calçamento. E o projeto que solicitei é justamente de calçamento e pavimentação, além de desmembramento de terrenos”, explica.
Ele acrescenta que em dias de chuva a condição fica ainda pior. “Não tem escoamento de água; boca de lobo. A água chega a passar por cima da calçada. Olha o estado que está isso aqui”, relata, apontando para o acostamento da rua.
Deficiente visual há 18 anos, após um acidente de carro, Leandro Klinger da Rosa conta a dificuldade que é visitar a irmã, que mora próximo à Ibirubá. Com bengalas improvisadas, feitas de bambu e com pontas gastas, diz que muitas vezes precisa virar “ninja” para desviar de buracos, pedras e desvios da rua.
“Principalmente na entrada da rua. E há 16 anos que venho direto aqui, porque a minha mãe morava na casa antes. E tem idosos que sobem e descem a rua. Precisa, sem dúvida, asfalto ou calçada”, conclui.
Pavimentação da via pública é a principal reivindicação
Abraão Garcia da Silva mora na rua há 43 anos. E desde que foi para lá, conta que sempre foi assim. “Nunca colocaram um calçamento nem asfalto. E olha o quanto de dinheiro eles gastam com “caminhão de brita” que largam aqui. Na primeira chuva já vai tudo embora, com a areia e água. É material desperdiçado”, desabafa.
Ele diz ainda que também falta escoamento para água, as chamadas bocas de lobo. “Eu tenho uma sobrinha que estuda na Apae, e o caminhão nem tem como subir a rua. Alguém precisa encontrar ela na outra esquina e trazer guiada pela mão, e ela é deficiente. O certo seria a união das pessoas, dos moradores, para cobrar da Prefeitura, porque é um descaso isso aqui”, termina.
Para Paulo Roberto Santana, outro problema é a coleta de lixo que não chega ao alto da Ibirubá. De acordo com o morador, o problema de esgoto também persiste há um ano. “A rua parece um esgoto a céu aberto”, desabafa.
Até o fechamento desta matéria, na tarde de quinta-feira, 11, a Prefeitura não havia se manifestado sobre os questionamentos.