Moradores da rua dos Eucaliptos, no bairro Senai, em Montenegro, reclamam da falta de atenção do Poder Público municipal em relação à via. Mato, poeira e descarte inadequado de lixo são algumas das queixas registradas pelos cidadãos. Eles destacam que o IPTU de suas residências está em dia, mas as obrigações do Município, em contrapartida, não estão sendo cumpridas.
André Vargas, 27 anos, mora na rua dos Eucaliptos desde que nasceu e não aguenta mais ver o local em condições cada vez piores. Há alguns anos, ele soube da existência de um projeto para transformar a área em frente à casa dele em uma praça. Entusiasmado com a ideia, chegou a plantar árvores no local. Mas o tempo passou e o assunto caiu no esquecimento.
O espaço vem sendo ocupado pela comunidade, mas não da forma como André esperava que fosse. Em vez de usufruir do ambiente para lazer, muitos vizinhos usam o local para descarte de lixo. Conforme André, até animais mortos são deixados no terreno.
Ele acredita que, se o terreno fosse limpo, a grama cortada e o lixo que hoje está lá fosse retirado, as pessoas passariam a respeitar a área e a cuidar dela. “Bom seria se cada morador ajudasse a manter a frente de sua casa limpa”, idealiza.
André conta que encaminhou as demandas da rua para os vereadores Talis Ferreira (PR) e Neri de Mello Pena, o Cabelo (PTB), mas não teve retorno de nenhum deles quanto à solicitação. Indignado com o fato de pagar seus impostos em dia e não ter retorno, por meio da manutenção do logradouro, ele resolveu denunciar os problemas através da mídia.
Poeira e buracos causam transtornos
Alex Sandro Cunha, 38 anos, também mora na Rua dos Eucaliptos e enfrenta as mesmas dificuldades do vizinho André. Na casa dele, as janelas estão sempre fechadas para diminuir a entrada da poeira. Lavar o carro não adianta muito. Poucas horas depois, o automóvel já está novamente coberto de pó.
Alex e André contam que, no carnê do IPTU, a rua consta como pavimentada, mas a informação não fecha com o que se vê por lá. “É uma poeira horrível. Se chove, vira um barral. Quando o tempo está bom, tem poeira e buracos”, comenta André.
Ambos relatam que filhos de seus vizinhos sofrem de complicações respiratórias e alérgicas que se agravam ainda mais devido à situação da rua. Ainda em relação aos pequenos, a dupla teme que, em algum momento, estes possam ser vítimas de picadas dos insetos que se proliferam no mato em frente as suas casas.
Com o objetivo de reduzir os riscos, outro cidadão pagou para que parte do mato fosse cortada. O problema é que a área é extensa e falta muito para que deixe de oferecer riscos aos moradores, lembra Alex Sandro. “Não sabemos direito o que tem nesse mato. Dá até pra alguém se esconder aí”, comenta o morador, indignado com a situação.
A reportagem encaminhou as solicitações dos moradores para a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Montenegro (Acom) e aguarda retorno.