Montenegrino compra área da Antárctica e busca parceiros

Um empresário montenegrino, cujo nome não foi divulgado, adquiriu a área de terras e os prédios que abrigaram a fábrica de bebidas Antártica/Polar SA. Desde a criação da Ambev, a multinacional de bebidas era a dona do imóvel e já havia feito diversas tentativas de venda nos últimos anos. Recentemente, o antigo complexo industrial foi arrematado num leilão, mas o comprador desistiu e o atual proprietário assumiu o negócio.

O novo dono do imóvel contratou a Cardona Consultoria Imobiliária para prospectar novos empreendimentos e eventuais parceiros para ocupar a área. São cerca de 30 hectares de terras, nos quais há vários pavilhões que, por 35 anos, abrigaram a fábrica de cervejas. Alguns estão danificados demais para serem usados, mas outros ainda podem ser aproveitados. “Nossa primeira providência está sendo limpar a área”, explica o empresário Marcelo Cardona.

Enquanto não formaliza parcerias para o uso definitivo da área, o proprietário está aceitando propostas de locação para eventos. Um deles já está confirmado e deve ser anunciado em breve. Trata-se de uma competição de paintball. Cardona ressalta que, independente do destino dado ao espaço, o investimento será elevado. “Mas é muito bom para a cidade que um empreendedor daqui seja o proprietário”, analisa, lembrando que isso deve atrair novos investimentos para a região.

O espaço comporta um grande centro comercial e até um condomínio de indústrias. A localização é estratégica, às margens da ERS-240, nos acessos a Montenegro e a Pareci Novo, próximo da Região Metropolitana. São características que facilitam a atração de empreendedores.

A cervejaria funcionou no local entre 1971 e 2006. Na época de seu início, era comum que cidades de interior tivessem suas próprias indústrias de bebidas. A falta de estradas em boas condições dificultava o transporte dos grandes centros até o interior e encarecia o produto. Na medida em que o sistema de transporte evoluiu, as pequenas cervejarias foram fechando, no final do século 20. Sobraram a fábrica montenegrina e também a de Feliz.
No seu melhor momento, em Montenegro, a produção diária da Antárctica era de 3.200 hectolitros, que correspondiam a 28.000 caixas de cerveja. Cerca de 500 funcionários trabalhavam na indústria nesta época. Nos anos 90, a Antárctica se fundiu à Brahma e a empresa passou a se chamar Ambev.

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