Na rua Ricardo Jahn, do bairro São Paulo, o montenegrino Marcos Jacob acordou para ver a frente de casa com um amontoado de galhos na calçada, ainda no início de outubro. À reportagem, ele contou que os resíduos são de um vizinho, que podou alguma árvore e largou tudo na via, como se alguém fosse recolher. A prática, infelizmente, não é incomum pela cidade.
Em recente entrevista ao Ibiá, o ex-secretário de Meio Ambiente, Rafael de Almeida, contou que são muitos os que cortam galhos e os jogam pelas ruas. “Em muitos casos, nós acabamos tendo que recolher para não deixar as vias sujas, mas a responsabilidade, nestes casos, é do proprietário”, disse.
Usar a frase “eu pago taxa de lixo no meu IPTU” como justificativa também não vale. Conforme a regra, só são recolhidos pela coleta de lixo os materiais que estejam compactados em sacos de até 100 litros.
Indignado com a situação de sua rua, Marcos optou por buscar a Prefeitura para pedir o recolhimento. Abriu pedido no dia 9 de outubro e, até a visita da reportagem na última quinta-feira, dia 1º de novembro, não havia sido atendido.
Em relação às podas, todas as árvores que estão em via pública recebem a manutenção da Prefeitura. A exceção é quando a situação envolve os fios de alta tensão.
Neste caso, a ação cabe a RGE Sul – distribuidora de energia. A solicitação da poda na rua deve ser feita através de protocolo aberto junto a Administração. Pela demanda alta, não há padrão de tempo para o atendimento.
Para muitos, é justamente pela demora que os munícipes optam por realizar o serviço por conta própria, deixando os galhos nas ruas. Nada justifica, no entanto, estar prejudicando os vizinhos.