Recentemente, dois moradores da Rua Copacabana, no bairro Centenário, entraram em contato com o Jornal Ibiá para denunciar uma situação que, de acordo com os registros, se estende desde 2007. No topo da lomba, eles contam, um terreno baldio foi transformado em um verdadeiro lixão dos moradores das redondezas. Sem pensar na natureza e em quem vive perto, eles atiram de tudo no local: de televisores e móveis à garrafas de vinho e restos de alimento. A sujeira e o mau-cheiro são constantes.
“Esse nosso Montenegro tá muito jogado. É uma falta de educação e as pessoas precisam se conscientizar”, lamenta uma das moradoras, que pediu para não ser identificada. O terreno em questão é particular. Ele foi “cortado” ao meio devido a uma determinação judicial que obrigou o dono a dar passagem a moradores de uma área, abaixo, que foi ocupada irregularmente. Em frente ao espaço, a Prefeitura instalou um dos contêineres da coleta de lixo. Segundo vizinhos, o recipiente está sempre transbordando de resíduos, mas, mesmo com ele, muito lixo acaba no chão.
Antônio Miguel Filla, diretor de Fiscalização de Obas e Posturas da Prefeitura, conta que o proprietário do terreno já recebeu, nos últimos onze anos, sete notificações para que realizasse a limpeza do local. Cinco destas foram atendidas e outras duas resultarem em multa pelo não cumprimento. A Administração realiza campanhas de conscientização e pontos de descarte mensais de itens como os televisores jogados no local. Segundo o diretor, falta responsabilidade da comunidade e, sem o flagrante feito, falta responsabilização.
“Lamentavelmente, não temos como refrear o mau comportamento de pessoas irresponsáveis e que não cumprem a legislação em relação à destinação correta do lixo. Não se consegue identificá-las em flagrante, restando ao proprietário do terreno arcar com o ônus da ação de terceiros”, coloca.