TROCA desagrada Movimento de Preservação do Patrimônio Histórico
As obras de reformas no Parque Centenário de Montenegro começam a apresentar mudanças também na paisagem externa, junto à RSC-287 e na rua Ênio de Freitas Castro, onde fica o portão principal de acesso ao local. Uma das alterações está no cercamento do local de lazer. Outra mudança se dará em breve com a substituição dos letreiros que identificam o Parque. A novidade desagrada os defensores da preservação no município.
Conforme a arquiteta Valéria Wollmann, da secretaria municipal de Gestão e Planejamento, o recuo do muro junto à RSC- 287 varia bastante, podendo chegar a seis metros. Segundo ela, a cerca antiga do Parque estava dentro da faixa de domínio do Daer, e tendo em vista que, no futuro, há possibilidade de duplicação da rodovia, já foi construída a nova estrutura fora da faixa de domínio, para que não precise ser demolida posteriormente.
O projeto de reforma do Parque contempla uma série de itens, entre eles, a mudança do letreiro que identifica o Centenário. Contudo, a substituição não agrada o Movimento de Preservação ao Patrimônio Histórico e Cultural de Montenegro. “Embora não esteja escrito em nenhum lugar, a gente considera aquilo como patrimônio da cidade. Tudo que der para valorizar da história, nós, do Movimento, queremos valorizar”, diz Ricardo Agádio Kraemer, presidente da entidade.
Para Ricardo, a substituição do letreiro representa falta de consideração com a história contida no mesmo. “Quando lembro do Parque Centenário, a primeira imagem que me vem a mente é do letreiro. O Parque vai ser desfigurado, perderá a identidade”, avalia.
A Administração Municipal não soube informar quando os letreiros foram instalados no Centenário. Em pesquisa feita pela reportagem a livros e jornais antigos, também não foram localizadas informações sobre isso. Contudo, Ernesto Lauer e Odyr Dupont (Peninha), que participaram da inauguração do Parque no Centenário do Município, afirmam o letreiro existe há cinco décadas.