Assunto foi discutido após reclamações que chegaram à Câmara Municipal
As cerca de 40 lixeiras comunitárias de madeira espalhadas pelas localidades do interior não são suficientes para atender a todos os moradores. E algumas, pela ação do tempo e por conta do vandalismo, estão danificadas. O problema foi discutido durante uma reunião na Câmara, a pedido do vereador Talis Ferreira (PR). A boa notícia é que a Administração Municipal já está tomando providências.
O encontro colocou em torno da mesa, além do proponente, o secretário municipal de Meio Ambiente, Adriano Campos Chagas; a diretora da Komac, empresa encarregada da coleta do lixo, Maroá Rocha; e os vereadores Valdeci Alves de Castro (PSB) e Juarez Vieira da Silva (PTB). Talis observou que várias lixeiras estão “caindo aos pedaços” e precisam ser substituídas com urgência. De acordo com o secretário, nos últimos dias, três dessas estruturas foram reparadas, mas algumas realmente terão de ser trocadas.
Adriano explica que a Secretaria está buscando a parceria de uma serraria para a doação das madeiras. “Nós temos o pessoal e as ferramentas para a montagem, mas faltam as tábuas”, admitiu, acrescentando que o número de lixeiras também deverá ser ampliado em breve.
O vereador Valdeci sugeriu o corte de árvores de eucalipto existentes em áreas públicas e em beiras de estrada – onde, inclusive, representam perigo – para o aproveitamento da madeira. Outra alternativa, na visão dele, seria o uso de canos de concreto de um metro de diâmetro.
A segunda sugestão, porém, foi descartada imediatamente pelo secretário e pela diretora da Komac. De acordo com Maroá, o recolhimento fica mais difícil. “Sempre acaba ficando algum lixo no fundo”, ressalta. Adriano acrescenta que as paredes dos canos são ásperas, o que facilita o rasgamento das sacolas e dos sacos plásticos. “Os resíduos se espalham e isso torna a coleta mais complicada. Além disso, é mais fácil higienizar as lixeiras de madeira”, pondera.
O vereador Juarez acredita que também poderia ser feita a compra de recipientes de fibra, semelhantes às caixas d’água. O secretário não descarta a possibilidade, mas pondera que seria preciso fixá-las de alguma forma, para não serem furtadas.
Mau uso
O secretário de Meio Ambiente pede que a própria comunidade colabore para aumentar a vida útil das lixeiras de madeira. Para isso, recomenda que as unidades não sejam usadas para o descarte de restos de materiais de construção. “Para estes casos, o correto é contratar um serviço de telentulho”, assinala.
Adriano vem defendendo, internamente, que a Prefeitura tenha seu próprio aterro sanitário para a destinação final destes itens, que poderiam ser reciclados, gerando trabalho e renda.