A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), confirmou sexta-feira, 13, a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real. Essa foi localizada morta na Praia do Mar Grosso, no município de São José do Norte.
Assim, o Rio Grande do Sul chega ao quarto caso em aberto, contabilizando outros três focos em mamíferos aquáticos (Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres). O terceiro caso, confirmado em laboratório também na semana passada, foi em Leão-marinho encontrado morto na praia de Torres.
O Governo salienta, no entanto, que, apesar das notificações de presença do vírus, a condição sanitária do Estado e do País não se altera, não havendo risco para consumo de carnes e ovos. O Rio Grande do Sul já registrou em maio um foco de influenza aviária em aves silvestres, mas já foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, com a confirmação deste último caso, as equipes da Secretaria da Agricultura vão atuar na vigilância ativa. A rotina é de monitorando no raio de três quilômetros do foco, conforme recomenda os protocolos de segurança do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Nossas equipes estão engajadas para evitar a disseminação do vírus, principalmente para que não chegue nas aves de subsistência e na avicultura comercial”, garante. Entre as iniciativas está a visita de fiscais e técnicos estaduais agropecuários às propriedades rurais.
O número de animais mortos ou doentes supera 150, em São José do Norte, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Palmares do Sul, Pinhal, Torres, Tavares, Mostardas, Imbé e Pelotas. Em todos foi realizada coleta de amostra e enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP).
Transmissão a animais domésticos
A Secretaria da Agricultura publicou Nota Técnica nº 10/2023, com orientações sobre o controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). De acordo com o texto, o vírus pode se espalhar através do contato direto entre animais infectados e não infectados ou de forma indireta. Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas à Inspetoria mais próxima ou pelo número de Whatsapp (51) 98445-2033.