Montenegro trabalha pelo reconhecimento da Emergência Rural

Seca. Dinheiro só pode ser pedido após Decreto ser homologado pelo Estado e pela União

A Defesa Civil de Montenegro já recebeu do escritório da Emater o relatório de prejuízos na agricultura devido à estiagem. Segundo o coordenador, Elton Santos da Silva, agora o órgão municipal aguarda que os agricultores enviem registro de perdas, inclusive com fotos da situação nas propriedades. Os dois levantamentos formarão o relato de ações de Montenegro em relação à seca, com participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR) e da Diretoria de Assistência Social.

É este relatório final que será lançado no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). O pedido de Montenegro será analisado então pela Defesa Civil do Estado e, posteriormente, pela Defesa Civil Nacional, através do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável por reconhecer ou não a Situação de Emergência. A expectativa é pelo reconhecido, pois, de acordo com a Defesa Civil, mais de 200 municípios gaúchos estão nesta situação em virtude da estiagem.

Projetos de socorro, como de irrigação, abertura de açude, dependem de um plano de trabalho municipal. Todavia, este é uma etapa posterior à homologação e reconhecimento da Emergência. “No momento, o Município deve provar que está em situação de estiagem e aguardar todos os relatórios e documentação provando o atual cenário”, explicou o coordenador.

E apenas após o reconhecimento da União que o plano de trabalho pode ser enviado para requer verbas para implementar ações de socorro aos agricultores. “A Defesa Civil do Estado já anunciou que será realizada a distribuição de caixas d’água e cestas básicas”, informou Silva, revelando expectativa que Montenegro recebe um destes benefícios.

Sindicato defende ações para o futuro
A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montenegro, Maria Regina da Silveira, defende que agora sejam realizados investimentos em longo prazo, evitando que uma crise semelhante se repita. Ela comenta que perfuração de poços e abertura de açudes não resolverão mais, pois dependem de vertente subterrânea. “Onde está seco, fica seco igual. Onde não tem vertente não adianta querer cavar agora”, enfatiza. Também sistema de irrigação mecânica, além de ser um projeto caro, precisa ser implementado onde há água suficiente.

A presidente defende que seja priorizada a procura por fontes abastecedoras das propriedades daqui para frente. “Se acontecer de novo, para que as pessoas pelo terem água. Terem onde coletar”. Regina pede ainda que Montenegro adquira, ao menos, dois caminhões-pipa, pois o único que tinha teria sido usado no transporte de insumo e ficou inviabilizado para a água potável. Ela pegou o exemplo de Harmonia e Tupandi, cidades menores, mas que estão abastecendo caixas e açudes nas propriedades.

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