Identidade e resistência negra em encontro

Uma roda de conversa aberta ocorreu em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, na noite dessa quinta-feira, 25. Foi o “Encontro das Pretas”, organizado pela Central Única das Favelas (Cufa) Montenegro. O evento debateu questões como feminismo e identidade negra. A conversa começou após a apresentação de dois vídeos sobre o assunto, que emocionaram a todos.

A montenegrina Danielle Araújo, de 18 anos, acadêmica de direito, faz parte da Cufa há cerca de três anos e diz que debater esses assuntos permite que a vivência de cada uma melhore. “Nós lidamos com o racismo todos os dias de formas diferentes, porque tem mil e uma formas de manifestações, mas debater isso ajuda para tentar melhorar um pouco”, relata a jovem.

Coordenador da Cufa Montenegro, Rogério Santos exalta as mulheres negras e diz que como homem só apoia, porque o movimento é delas. “Entre o homem negro e a mulher negra, a mulher sofre muito mais em todas as questões, e é quem assume toda a família desde a época da escravidão. A mulher sempre foi a resistência”.

Parte da organização e à frente da conversa esteve também a coordenadora do Núcleo Maria Maria, Carliane Pinheiro, a Kaká, que instigou as mulheres presentes a falar sobre o assunto. “Hoje Montenegro não tem espaços que falem da questão racial e nem sobre a mulher negra, então esse espaço é pra gente discutir, se identificar como mulher negra, se fortalecer”, fala. De acordo com Kaká, momentos como esse ajudam a se identificar e se empoderar.

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