Hospital Montenegro esclarece situação do Cadastro de Devedores

Dívidas do HM serão pagas através do Funafir

Visando transparência em relação à sua situação financeira, o Hospital Montenegro (HM) divulgou nota em relação aos repasses e aos pagamentos em atraso envolvendo a instituição. Um dos apontamentos mais preocupantes é que, no que se refere aos pagamentos dos médicos, o HM ainda deve os meses de janeiro, fevereiro e março. “Fornecedores e demais prestadores de serviços também possuem valores em aberto”, adiciona o material.

Sobre os repasses atrasados do governo estadual à instituição, o Hospital reiterou que faltam os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2018 serem pagos. Juntos, são R$ 6.379.983,92 que não foram repassados à entidade montenegrina. Janeiro, fevereiro foram quitados através do empréstimo Funafir.

O HM também explicou a polêmica sobre sua inscrição no Cadin, um cadastro de devedores, que teria impedido o repasse estadual do mês de março de 2019. “O fato ocorreu devido ao Hospital Montenegro 100% SUS ter recebido um recurso da Consulta Popular 2016/2017 dos municípios de Barão, Brochier e Maratá, no valor de R$ 634.477,50, para aquisição de equipamentos hospitalares”, inicia a nota, indicando que, após a compra, ainda sobrou quase R$ 60 mil de salto.

Ao solicitar o uso desse saldo para a aquisição de novos equipamentos, com a prorrogação do convênio, o HM foi negado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) sem que essa formalizasse a negativa. “O Hospital foi pego de surpresa, pois sem a devida formalização de que foi negado o pleito para utilização do saldo remanescente, a prestação de contas não foi encaminhada”, coloca a nota, indicando o que levou ao cadastro no Cadin. Ajustado em R$ 61.118,24, o valor foi recolhido à SES, com a regularização. O repasse de março, então, foi efetivado.

Dívidas pagas através de empréstimo

Nesta segunda-feira, o governo do Estado emitiu uma nota afirmando que irá quitar dividas de Saúde com municípios e hospitais em 16 parcelas. De acordo com o governador, Eduardo Leite, a dívida com municípios e hospitais municipais, herdada das gestões anteriores, que chega a R$ 216 milhões, será quitada em 16 parcelas de R$ 13,5 milhões, com término em 2020.

Porém, isso não altera o recebimento do HM. “Isso não irá mudar o nosso modo de pagamento, já que o HM é um hospital gestado pela Secretaria Estadual da Saúde”, fala o diretor, Carlos Batista. Segundo o gerente administrativo, Felipe Leser, o Hospital Montenegro 100% SUS terá suas dívidas pagas pelo Funafir.

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