Greve é manobra de privilegiados, diz Fiergs

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, declarou que a greve geral anunciada pelas centrais sindicais para a próxima sexta-feira, dia 30, não é bem-vinda. “A tentativa de convocar uma greve não passa de uma manobra de trabalhadores privilegiados que dispõem de tempo — não cumprem horários — porque têm estabilidade no emprego em funções do setor público ou por serem dirigentes de sindicatos protegidos pela legislação vigente”, destaca Müller.
Conforme ele, esses grupos cercam e imobilizam o transporte coletivo, além de bloquear ruas e estradas, para passar a “falsa impressão” de que há apoio e adesão à greve. O movimento também é “inoportuno”, diz ele, nesse instante em que mais de 14 milhões de brasileiros estão desempregados. “Se quisermos ajudar a mudar o País, temos que olhar criticamente para o ressurgimento do grevismo de minorias e compará-lo às mobilizações legítimas baseadas na liberdade de expressão que são realizadas aos domingos, sem atrapalhar a circulação de pessoas”, argumenta.
Caso os protestos se confirmem, a Fiergs salienta, em nota, que a legislação prevê o desconto do dia parado dos salários dos trabalhadores. A falta é entendida como suspensão do contrato de trabalho, de acordo com a Lei nº 7.783/1989 e o artigo nono da Constituição Federal.

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