Governo avalia operação durante última enchente

Rede de ajuda. Prefeitura fez 46 resgates e serviu 200 refeições em quatro dias

Os problemas, as falhas e os prejuízos gerados pela enchente de junho fizeram o governo de Montenegro atuar forte na prevenção na segunda ocorrência em menos de 30 dias. Na tarde de domingo, dia 16, o Rio Caí já havia recuado totalmente e as famílias desalojadas retornaram para casa. Passado o período, na segunda-feira, 17, a Administração Municipal fez uma avaliação das ações realizadas nos quatros dias.

As equipes da Prefeitura, sob a coordenação da Defesa Civil, realizaram 46 resgates de famílias residentes em áreas alagadas (entre quinta-feira e domingo). Destas, 12 foram acolhidas no ginásio Domingos dos Santos, o “Domingão”, do Parque Centenário. As demais ficaram na casa de parentes ou amigos.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Clóvis Pereira, o Poder Público atuou em várias frentes. Antes da chegada da água, foi posto em prática um serviço de informações sobre o nível do Rio, usando as redes sociais, veículos de comunicação e carros de som nas ruas.

Durante o avanço da água, servidores e veículos do Município foram empregados na retirada e acolhimento dos atingidos. A mesma mobilização foi realizada no retorno aos lares. “Esse trabalho envolveu dezenas de pessoas, de diferentes secretarias, o Corpo de Bombeiros Militar, a Guarda Municipal e voluntários”, destaca.
O prefeito Gustavo Zanatta se diz satisfeito com o atendimento prestado à comunidade. “Na enchente de junho, ocorreram falhas e eu prometi que elas não se repetiriam”, enfatiza. O chefe do Executivo salienta o apoio de todos, “oferecendo os serviços na hora certa e nas dimensões necessárias”. O Município não calculou o custo desta operação, realizada toda com estrutura própria.

O Rio Caí atingiu seu pico às 8 horas de domingo, com 7m47cm, de acordo com monitoramento do CPRM/Sace, vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Às 9h45 desta segunda-feira o nível caiu para Cota de Alerta (5m99cm). Não foram registrados danos causados pelo vento ou por granizo.

Transferência das famílias causou polêmica
A transferência das famílias acolhidas para a Casa de Passagem do Recreo, no Centro da cidade, causou questionamentos. A secretária de Habitação, Assistência Social e Cidadania, Josi Paz, afirma que a medida visou oferecer mais conforto e proteção do frio que fez na noite de sábado, 15.

Na verdade, desde o princípio o Recreo era o abrigo ideal, porém o número de flagelados ultrapassava o limite de vagas possíveis. “Assim, quando tivemos um número de acolhidos condizente com o que foi disponibilizado pelo local, levamos para lá”, justifica. A polêmica também foi devido a um evento que aconteceu no Domingão, mas Josi afirma que a transferência não teve relação. Ela garante que, caso a realocação não fosse possível, aquilo que estava agendado para o ginásio teria sido cancelado.

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