Feirantes registram boa procura por pescado

Última hora. Algumas bancas permanecem abertas na manhã desta sexta-feira para atender aos atrasados

vendedores têm renda extra com comércio de peixe na semana santa

A quinta-feira foi movimentada nas barracas da Feira do Peixe distribuídas por 13 pontos da cidade. Desde cedo já havia compradores em busca do prato principal da Sexta-Feira Santa. São carpas, tilápias, jundiás. Os peixes da praça da rodoviária vieram da localidade do Passo da Amora. Dois vendedores se desdobram “em vários”, para atender a demanda. “Costuma dar mais movimento entre as oito horas até as dez da manhã. Depois, à tardinha, também volta a ter movimento”, explica Richard Luges. Há três anos no mesmo ponto de vendas, Adriano Weber conta que a procura em geral são pelas carpas capim. “O pessoal leva em média peixes entre três e cinco quilos, que é suficiente para quatro pessoas. A carpa capim representa 50% das vendas. É a mais parecida com o sabor da traíra”, aponta Weber.

Para atingir esse peso, os peixes levaram em torno de 14 meses entre tanques e açudes. Após cortado e extraídas as escamas, os peixes rendem em média 70% do peso para o consumo. A expectativa é de que nesta edição da feira a banca comercialize cerca de 400 quilos de pescado.

aposentado foi cedo garantir o pescado para o almoço da família

Em busca do peixe ideal
Entre os consumidores, muitos católicos dispostos a manter a tradição. Aos 79 anos de idade, seu Élio Lanes de Oliveira conta que já havia comprado jundiá na quarta e foi à feira nesta quinta em busca das carpas húngaras. “Esses peixes têm poucos espinhos. Na cozinha, vamos eu e a minha esposa preparar o almoço para as filhas e um neto. O jundiá vai ensopado, enquanto a carpa é melhor fritinha”, diz o aposentado.

Seu Antônio de Souza levou peixe não apenas para o feriado, mas para a semana toda. “Sempre compro. Em casa, somos eu e a esposa, então decidi comprar 13 quilos. São de boa qualidade e há várias opções. Isso é bom pra gente que gosta de peixe. Eu faço frito ou assado”, relata.

Na mesma linha de receitas, Adriano elogia as tilápias. As maiores, com até dois quilos, foram vendidas no primeiro dia e agora restam as menores de 700 gramas. “A tilápia serve para fazer filé e fritar, porque tem menos espinho. Ela é melhor frita com um limãzinho”, compara.
Para ele, a carpa capim tem mais opções de preparo, como forno, grelha ou mesmo ensopada.

Produto escasso
E quem quiser comprar peixes nesta Sexta-Feira Santa é melhor se apressar. São 13 locais de vendas na Feira do Peixe, mas assim que acabam os peixes, os vendedores deixam o ponto de venda.

A banca da Rodoviária não tem mais produtos à venda, porém eles estarão em outro espaço no bairro São Paulo, na rua Carlos Lourival Lampert. Já na praça dos Ferroviários, seu Teófilo diz que deve oferecer o pescado até as 11h da manhã. “Vamos estar aqui pra atender esse pessoal de última hora”, afirma o piscicultor.

 

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