Feira Preta celebra cultura e empreendedorismo

Visibilidade para os negócios no Dia da Consciência Negra

Na tarde dessa quarta-feira, 20 de novembro, o Teatro Roberto Atayde Cardona recebeu as atrações da 3ª Feira Preta, evento promovido pela Associação Floresta Montenegrina. Nesta edição, o evento celebrou o Dia da Consciência Negra. A iniciativa destaca o trabalho de empreendedoras negras, mas tem participação aberta ao público, reforçando a valorização da diversidade cultural e social.

A programação contou com apresentações artísticas de Kelly Silva e Jordana Porto, além de uma roda de capoeira organizada pela OX Training. O tradicional desfile de moda mostrou a criatividade das empreendedoras nas áreas de maquiagem, cabelo e vestuário, evidenciando o talento local e regional.
Letícia Santos, presidente da Sociedade Floresta, ressaltou a importância do evento. “É o momento de empoderamento, resistência e de mostrar o poder do trabalho preto para a comunidade.” O evento reforça o papel fundamental da Floresta Montenegrina como um espaço de resistência cultural e promoção da equidade.

Além de ser uma oportunidade de reflexão sobre a luta contra o racismo e a promoção da igualdade racial, a Feira Preta também funcionou como uma vitrine para novos negócios. Empreendedoras puderam apresentar seus produtos e serviços, fortalecendo o papel da economia criativa no combate às desigualdades.

Visibilidade aos negócios

A troca de experiências motivou a participação de Najara na Feira

A Feira Preta busca fortalecer o papel das mulheres negras no mercado, além de promover reflexões sobre igualdade racial. Najara Oliveira, uma das participantes da Feira, expôs seus produtos pela primeira vez. “Eu já faço parte do coletivo das empreendedoras há um ano, mas sempre tive receio de expor. As gurias me incentivaram, e hoje estou aqui”, contou.

Najara trabalha com cosméticos, cremes, brincos e pulseiras e utiliza as redes sociais para divulgar seus produtos. “Minha expectativa é conhecer bastante gente, conversar. Claro que vender é bom, mas quero mesmo é fazer contatos”, disse ela sobre a participação na Feira.

Artesanato, cultura e arte estiveram em foco na terceira edição do evento

O pequeno empreendedor

Sacolés do Pi começaram a ser vendidos na Feira

Um novo sabor começou a se espalhar entre os visitantes da Feira: o Sacolé Gourmet do Pi, uma iniciativa que promete conquistar o paladar de quem busca opções deliciosas e saudáveis para se refrescar em dias de calor. O projeto é fruto da parceria entre mãe e filho, Eduarda Domingues e Pietro Borges, que decidiram transformar uma ideia em realidade para complementar a renda da família.

“Começamos agora, recentemente, e estamos lançando o produto na Feira”, explica Eduarda. O diferencial do Sacolé Gourmet está na qualidade dos ingredientes utilizados. “Usamos produtos de qualidade, como Nutella, leite Ninho e sabores de frutas como manga, kiwi e morango com água de coco. É uma opção natural que também agrada as crianças”, destaca.

Pietro, de apenas 10 anos, participa ativamente do processo. “Acho bem legal, porque a gente aprende bastante e se diverte”, afirma o menino. O envolvimento dele no negócio é evidente; ele não apenas ajuda na produção, como também aprende o passo a passo da fabricação do sacolé.

A estreia na feira marca o início das vendas oficiais. “Estamos lançando hoje aqui. Claro que já deixamos alguns familiares experimentarem, mas agora estamos dando o start nas vendas”, comenta Eduarda. As vendas não se restringirão à feira. O plano é expandir através de redes sociais, como Instagram, além de participar de eventos em praças locais.

Aos 10 anos, Pietro já é reconhecido como o pequeno empreendedor da Feira

Solange e sua Arte na Feira Preta

Solange e Marina usam a criatividade como base na confecção de cada produto

Solange Pereira participa da Feira Preta há três anos e é membra da Associação Floresta desde a infância. “Meu pai foi presidente da Floresta e desde pequena a gente convive lá dentro”, relata. Solange se dedica ao artesanato, foca em costura criativa e confecciona roupas afro e turbantes.

Na Feira, ela expõe seus produtos ao lado da filha, Marina Pereira. Além de suas peças, Solange se destaca pela confecção de figurinos para os desfiles do evento. “É muito emocionante ver meu trabalho sendo mostrado”, afirma, ressaltando a importância dessa visibilidade para as mulheres empreendedoras. “A Feira traz conhecimento e visibilidade. A gente precisa”, conclui.

Feira integra a semana do empreendedorismo feminino

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