Feira incentiva cultura e mantém o “vinil” vivo

O último sábado, 2, foi de muito sol e calor em Montenegro, clima ideal para a realização de mais uma edição da Feira de Vinil na Print Vinil e Eventos, rua Ramiro Barcelos, das 9h até por volta das 16h30min. Entre colecionadores, curiosos e interessados, os discos expostos na calçada chamavam a atenção do público passante — talvez também pelos preços atrativos dos produtos, que estavam disponíveis a partir de R$ 2,00.
O fato é que numa era tão tecnológica quanto a atual, os vinis são um resgate cultural e histórico. De acordo com Guilherme Borba, organizador da feira e gerenciador da Print Vinil, a cada dois meses o evento é realizado, preferencialmente no início do mês.
Com parcerias de músicos locais — nessa edição, a banda Jábulas — e do comerciante “O Patrão”, com chopp e lanches, Guilherme afirma que busca, a cada evento, inovar e trazer algo inovador ao público.

E entre diferentes estilos musicais, desde clássicos da MPB aos ícones do rock internacional, Guilherme ressalta a importância da feira não apenas pelo comércio, mas por preservar o vinil, mantendo a tradição com um formato de música diferente.
“E desperta o interesse tanto de adultos, que já tiveram essa experiência, quanto da gurizada. Eu vendo aqui gaudério, sertanejo, MPB, mas certamente o carro-chefe das vendas é o rock”, salienta.
Amante dos vinis desde pequeno, quando foi apresentado pelo pai a uma vitrola portátil, Borba possui uma coleção de aproximadamente 250 discos em casa.

Público que passou pelo local deu uma conferida nos discos de vinil expostos na calçada, estrategicamente para “democratizar” o produto

“Hoje em dia acredito que o maior impasse desse nicho de mercado é o aparelho tocador. Novos, eles costumam ter um valor elevado ao cliente, assim como os discos, já que no Brasil o valor final dos produtos é influenciado pelos altos impostos”, destaca Guilherme.
Participando de eventos também em Porto Alegre, como a feira trimestral de Vinil na Casa de Cultura Mário Quintana, ele afirma que a ideia é dar continuidade à promoção em Montenegro.
“Trazer artistas para fazer um som e divulgar seus trabalhos, tendo abertura para diferentes estilos musicais. Temos participado de eventos da Prefeitura, como o Domingo no Parque, na Estação, e em inaugurações. A gente vai onde chamam”, conclui.

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