Família faz campanha para custear exame de menina

Com suspeita de doença rara, Emilly espera diagnóstico

Emilly Lemos do Espírito Santo, de seis anos, moradora do bairro Estação em Montenegro, enfrenta a suspeita de uma doença rara, denominada síndrome de Ehlers-Danlos, e precisa fazer um exame genético que não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para tentar conseguir o valor necessário, a família pede ajuda à comunidade.

Desde a primeira infância, a menina apresenta problemas na pele, e, nos últimos três anos, surgiram outras complicações que exigem um diagnóstico mais preciso. Na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em Porto Alegre, foi solicitado o exame denominado Painel de Ehlers-Danlos para averiguar a suspeita da síndrome. Entretanto, a família não tem condições de arcar com o custo de R$ 4.990,00 para a realização do procedimento. Diante da situação, os pais de Emilly lançaram uma campanha de arrecadação e disponibilizaram a chave Pix CPF 03450613065, em nome de Natiele Silva Lemos, para quem puder contribuir.

De acordo com a mãe, a menina apresenta pele extremamente sensível, com manchas que ressecam e sangram. Aos três anos, começou a frequentar a creche, onde as professoras notaram dificuldades no desenvolvimento motor. Emilly caía com frequência, não conseguia acompanhar os colegas nas atividades em sala e, durante os exercícios físicos, se machucava constantemente. A sensibilidade às variações de temperatura também é um dos sintomas que mais afetam sua rotina.

A família buscou atendimento médico, que inicialmente levantou a hipótese de um problema neurológico. Após exames em Porto Alegre, foi detectada a possibilidade de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas novos sintomas levaram à suspeita da síndrome de Ehlers-Danlos.
A doença é caracterizada por fragilidade na pele e nas articulações, provocando quedas frequentes e dificuldades de cicatrização.

Nos casos mais graves, pode comprometer órgãos internos, levando a problemas pulmonares e ósseos. “Ela caiu em casa recentemente, torceu o pé e precisou levar pontos no queixo. Estamos lutando para conseguir o exame, porque cada queda representa um risco para a saúde dela”, explica a mãe.

Além das dificuldades motoras e da sensibilidade cutânea, Emilly também enfrenta desafios no ganho de peso. Desde os três anos e meio, mantém o mesmo peso, 16 quilos, e sente dores constantes na cintura e nos pés. Caso o diagnóstico da doença seja confirmado, o tratamento inclui aplicações de colágeno e fortalecimento muscular, também não cobertos pelo SUS.

A família já solicitou o exame judicialmente, mas enfrenta demora no processo. “Cada dia que passa, ela sente mais dor e desconforto. Precisamos agilizar esse exame para que o tratamento possa ser iniciado o quanto antes”, reforça Natiele. A meta é conseguir recursos para, ainda em março, fazer o exame e apresentá-lo à médica na próxima consulta, prevista para abril.

Além de Emilly, Natiele tem outras duas meninas, e o esposo está sem trabalho. Ela é consultora de vendas e vem sustentado a família com o que recebe. Seu salário não é suficiente para bancar as despesas da casa e o valor do exame.

Requerimento do exame
O exame foi solicitado por um profissional da AACC, de Porto Alegre.

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