Estação Reciclar promove conhecimento ambiental

COOPERATIVA. Enquanto se estrutura e aguarda sede, atividade é de “porta a porta”

Falta somente a Licença Ambiental para que a Cooperativa Estação Reciclar se estruturar definitivamente no bairro Estação, em Montenegro. Sua atual presidente, Maria Janete Bernardes Francisco, informa que o número CNPJ já foi constituído, e a licença da Secretaria de Meio Ambiente está em fase de liberação. O passo seguinte será a construção dos pavilhões para triagem e encaminhamento do lixo coletado pelos 26 recicladores cooperados (deverá chegar as 32 pessoas integradas).

A primeira cooperativa de recicladores de Montenegro conta com apoio da Prefeitura Municipal, mas, sobretudo, das empresas que se encarregarão da estruturação da sede: John Deere; Global Communities Brasil; Poker; Tanac, BioCitrus; cooperativa Banco Sicredi; Banco do Brasil e Lwarte Soluções Ambientais.

Enquanto o sonho não é concreto, os recicladores divulgam seu trabalho através do projeto Porta a Porta. Ele consiste em parcerias com empresas, condomínios, escolas e cidadãos que promovem a separação adequada do lixo produzido; para que famílias da cooperativa possam recolher em dias agendados. Este material os recicladores já adéquam em casa e vendem para empresas de reciclagem.
A divulgação da coleta de materiais recicláveis tem encontrado ressonância nas escolas, onde a visita da Estação Reciclar tem aspecto pedagógico. Na semana passada, o conhecimento foi alcançado aos alunos do noturno na Escola Estadual Delfina Dias Ferraz. O ciclo de palestras havia iniciado pelo educandário de séries iniciais do próprio bairro Estação, a Escola Municipal Ana Beatriz Lemos.

Além de angariar parceiros ao Porta a Porta, a atividade quer ainda difundir a consciência ambiental da reciclagem e dar visibilidade à Cooperativa e seus integrantes. “A gente precisa ter responsabilidade com a reciclagem; mas também com essas pessoas”, ressalta Maria Janete.

É bom saber

A Cooperativa não recolhe restos orgânicos (comida); lâmpadas; resíduos de saúde e remédios; tecidos; isopor; papel higiênico e fraldas descartáveis

Para agendar a retirada em casa

-Celular/ WhatsApp
Lizi – 980-294-912/ Pedra – 996-219-859/ Janete – 995-226-171
-E-mail: [email protected]
-Conheça mais deste trabalho: Instagram: @cooperativaestacaoreciclar

O que deve ser separado em casa

A palestra o Delfina ficou na separação correta do lixo doméstico, como parte da crescente importância de reciclar o lixo que a população produz. A presidente e a cooperada Pedrita Silva também deram relevância à geração de emprego e renda que este nicho representa, especialmente as camadas mais pobres da população.

Pedrita ficou encarregada da parte mais didática, e chamou a atenção dos estudantes ao relatar alguns pormenores. Ela enfatizou, por exemplo, que fralda, papel higiênico e absorvente intimo não são recicláveis, portanto, não devem ser misturados com papel e papelão, sob risco de contaminação e inutilização dos outros itens.

Chamou à atenção ainda ao relatar que, ao contrário das garrafas pets verdes, azuis e translúcidas, aquelas de cor marrom, geralmente usada para chopp e cerveja, não têm valor no mercado da reciclagem, pois já são feitas de material não nobre. “Só serve para poluir o Meio Ambiente”, declarou Pedrita, comparando com o isopor.

Ela relatou casos de descartes inconcebíveis, como de animais domésticos mortos. Ela defendeu o trabalho que todos os catadores realizam, descrevendo uma jornada de trabalho braçal que precisa iniciar às 3 horas da madrugada e encerra às 16 horas. “Nós, catadores, tiramos do lixo nossa comida”, ilustrou, com metáfora.

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