Alunos foram para a aula dessa sexta com meias de cores diferentes

O Dia Mundial da Síndrome de Down foi marcado por diversas ações em várias escolas de Montenegro nessa sexta-feira, 21 de março. Instituída no ano de 2012, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data representa a trissomia do 21° cromossomo, que causa a síndrome. No Colégio Estadual Ivo Bühler, o Ciep, os estudantes produziram um varal de meias coloridas e foram à aula dessa sexta com meias de cores diferentes.
Na escola Álvaro de Moraes, praticamente todos os alunos do turno da manhã foram para a aula com meias coloridas. “A nossa escola sempre foi referência na cidade pela questão da inclusão. Sempre tivemos vários neurodiversos na escola, e eu gosto muito dessa área de atuação. Então, fazendo o planejamento deste ano, elaboramos o projeto para as crianças entenderem o que é a trissomia do cromossomo 21 e a Síndrome de Down”, ressalta a professora Janaína Vargas.
A semana foi repleta de atividades de conscientização na escola Álvaro de Moraes. “Comecei a propor as atividades com a minha turma (de 5° ano) na segunda-feira, passando nas salas, falando sobre a Síndrome de Down, o que é, o que são os cromossomos, porque as crianças nascem com essa Síndrome, o que ela faz… A gente trabalhou a semana toda sobre isso, e hoje, na data, todos viriam com as meias de cores diferentes”, acrescenta Janaína.

Conscientização e inclusão
No Ciep, alunos do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do EJA participaram das atividades durante esta semana. A exposição do varal de desenhos de meias coloridas ocorreu nessa sexta-feira.
“Ao longo das atividades, explicamos aos alunos o porquê da escolha da meia, do formato, do cromossomo. Foi colocado para eles também o porquê dos pezinhos invertidos de meias, coloridos. Além de trazer a parte da conscientização, também foi trabalhado o motivo da escolha da meia como símbolo para essa conscientização”, declara a professora Flávia Toledo, idealizadora do projeto no Colégio Estadual Ivo Bühler.
“Atualmente, está muito em evidência a questão do autismo. A Síndrome de Down está meio que ‘esquecida’, principalmente para as novas gerações que estão surgindo. Aqui na escola, tem várias crianças com autismo, mas nenhuma com Síndrome de Down. E o autismo não é perceptível visualmente, mas na parte cognitiva. E o Down pode sofrer mais preconceito, às vezes, porque é visual”, frisa Flávia.

A professora Thais Souza também participou ativamente das ações no Ciep e enalteceu a colaboração dos alunos, tanto do turno diurno, quanto do noturno. “A ideia era integrar a escola toda em uma atividade única. Na disciplina de Inglês, trabalhamos o vocabulário, algumas questões de tradução, a própria história”, enfatiza.
“Conseguimos um número bem expressivo de meias coloridas para eles pintarem. Alguns fizeram desenhos, caricaturas, o time preferido. Foi muito legal. Quando montamos o varal, eles (alunos) estavam procurando onde estava a meia que eles pintaram. Aí entra o sentimento de pertencimento. Foi muito gratificante perceber esse envolvimento dos alunos”, completa Thais.
O desenvolvimento dessa atividade multidisciplinar no Ciep teve o apoio e incentivo da vice-diretora Roberta Reis e do diretor Samuel. Além disso, o setor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) – Sala de Recursos, com a professora Marielen, também colaborou com o projeto.
