Escola Sesi adere ao projeto Restaura Natureza

Instituição quer participação da comunidade e do poder público

A Escola Sesi de Ensino Médio Montenegro – Heitor José Müller, aderiu a um projeto de reflorestamento que promete transformar áreas afetadas por desastres naturais na região. Com o apoio da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente, o projeto Restaura Natureza em Montenegro recebeu 200 mudas nativas para o primeiro plantio, que será realizado na área do Baixio, no dia 9 de dezembro. Professores e alunos da instituição se uniram para desenvolver uma iniciativa que integra educação ambiental, práticas artísticas e conscientização social. Este é um projeto nacional de restauração de biomas que chamou a atenção dos professores da escola. Foi assim que surgiu a ideia de trazê-lo na teoria e na prática para a cidade.

João Henrique, professor de biologia, destaca a relevância do projeto para a Montenegro, frequentemente impactado por enchentes e queimadas. “Este projeto tem como objetivo fazer com que nossa cidade fique mais verde, com mais plantio e consiga respirar melhor. As árvores têm um papel crucial, desde oferecer oxigênio até segurar água em situações de enchente”, explica. Segundo ele, o projeto tem planejamento do plantio das mudas no Baixio e se expandirá futuramente para as encostas do Morro São João, um estratégia local para a conservação ambiental.

João enfatiza o impacto do reflorestamento para a biodiversidade e a saúde pública. “A identificação das espécies nativas é essencial para restaurar áreas degradadas. As árvores nativas ajudam a evitar penetrações, enchentes e queimadas. Além disso, mais arborização reduz a incidência de insetos transmissores de doenças, como o mosquito da dengue”, disse. Ele ressalta que o projeto não se limita ao ambiente escolar, mas busca conscientizar a comunidade e criar um legado para futuras gerações.

Cristiano Guilherme Lino, professor de geografia, explica que três etapas devem ser seguidas para funcionamento do projeto: primeiro, haverá a catalogação das mudas. Neste momento, os alunos devem verificar se as plantas são nativas e catalogar uma a uma. Em seguida, o foco vai para a criação de uma trilha ecológica que deverá ser implementada no Morro São João. A outra etapa é, de fato, o plantio das mudas, onde os alunos colocarão a mão na massa.

Além do foco ambiental, o projeto conta com a colaboração interdisciplinar. A professora de literatura, Ariane Luísa Nedel, explica o papel das linguagens na iniciativa. “Os alunos realizarão pesquisas, leituras e registros do projeto, além de contribuir com uma abordagem artística. Planejamos incluir QR Codes para catalogar as plantas e conectar aspectos ecológicos ao dinamismo artístico que valorizamos na escola”, afirma. Ela também destaca o envolvimento dos alunos na criação de uma trilha ecológica e no registro criativo do projeto.

Os alunos da escola estão envolvidos com entusiasmo e comprometimento com o projeto, que também reflete suas preocupações com as mudanças climáticas. “Eles entendem que têm responsabilidade tanto pela manipulação quanto pela restauração do meio ambiente. Muitos vivem em áreas afetadas, como encostas ou zonas sujeitas a enchentes, o que aumenta o engajamento deles”, aponta Ariane.
A iniciativa já conta com parcerias e convida toda a comunidade a participar. “Este projeto é para a comunidade. Queremos envolver pais, moradores e outros interessados ​​para expandir a ação. Nosso objetivo é plantar milhares de mudanças e continuar este trabalho nos próximos anos”, finaliza Cristiano. Os interessados ​​podem contribuir com ações de mudas ou voluntariamente, entrando em contato pelas redes sociais do projeto, @restauramont, ou ainda, diretamente na escola.

Secretaria de Meio Ambiente doou 200 mudas para início do plantio em Montenegro

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