Entenda o que mudou no Fies

A previsão de vagas para este ano, apresentada pelo Mec, é de 310 mil

O ano começou com mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). As alterações são parte de uma medida provisória do Governo Federal. Os estudantes que pretendem contratar o financiamento devem estar atentos às modalidades do Novo Fies para ver onde se enquadram.

O modelo um do Novo Fies substitui o atual. É destinado aos estudantes com renda familiar de até três salários mínimos per capita. A taxa de juros real é igual a zero. Outra alteração significativa refere-se à carência no pagamento do financiamento. Agora, acaba o prazo de 18 meses após o fim do curso e o estudante terá que começar a pagar assim que se formar. A medida provisória também prevê que, se o estudante quiser, as parcelas poderão ser descontadas da folha de pagamento até o limite de 20% da sua renda.

Os recursos virão de um Fundo Garantidor, mantido obrigatoriamente pelas faculdades, que terão que fazer aportes proporcionais à sua taxa de inadimplência. A União está autorizada a entrar com até R$ 3 bilhões.

A segunda modalidade do Novo Fies é voltada aos estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos per capita. As taxas de juros são as usadas para empréstimos dos fundos regionais, hoje na ordem de 2,5% a 3%. Nessa categoria, os recursos virão de bancos regionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e os fundos constitucionais de financiamento dessas regiões. Os empréstimos serão geridos por esses bancos. Os financiamentos só poderão ser concedidos nessas regiões. O objetivo é diminuir as desigualdades regionais.

Já a terceira modalidade pode ser contratada por estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos per capita. Os recursos do financiamento virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os contratos serão geridos por bancos privados. Nesse caso, os financiamentos poderão ser concedidos para estudantes de todo o país.

A proposta aprovada pelo governo também cria o Programa Especial de Regularização do Fies. O objetivo é tentar reduzir a inadimplência, que é de 46,4%. O programa possibilita aos estudantes com parcelas vencidas até 30 de abril de 2017, renegociar as suas dívidas pagando 20% do saldo em cinco parcelas e o restante em até 175 parcelas.O período de inscrição do Fies vai de dia 19 a 23 de fevereiro.

alunos precisam cumprir dois requisitos:
– ter participado do Enem a partir da edição de 2010 e obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota na redação superior a 0 (zero).
– possuir renda familiar mensal bruta per capita de: a) até 3 (três) salários mínimos, na modalidade de financiamento do Fies; b) até 5 (cinco) salários mínimos, na modalidade de financiamento do P-Fies.

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