Padre Blásio Henz embarca para missão de três anos no Norte nesta segunda-feira
Acontece nesta sexta-feira, 28, na Catedral São João Batista, a missa de envio do padre Blásio Henz para uma missão de três anos como missionário no estado do Pará. Com início às 19h30, a celebração presidida pelo bispo Dom Carlos Romulo será o início da parceria da Diocese de Montenegro com a prelazia paraense Alto Xingu-Tucumã. Dentro do projeto Igrejas Irmãs, a prelazia foi abraçada pela diocese montenegrina que prestará auxílio à comunidade religiosa formada no fim de 2019.
“Lá é uma região bem de interior, onde tem os povoados que se reúnem e o padre passa em alguns momentos para celebrar”, explica o padre Blásio. “Ela ainda é missionária, então o propósito é que tenha mais visitas dos padres, que se possa organizar a catequese, o dízimo, e que se tenha um espaço de secretaria e atendimento. Aos poucos, queremos estruturar a vida de paróquia.”

O padre natural de Bom Princípio, que vinha atuando como pároco de Tupandi, conheceu o local no início do ano passado. Ele explica que, na condição de prelazia, a Alto Xingu-Tucumã tem as comunidades religiosas, mas ainda não tem condições de se autossustentar, nem financeiramente, nem através de padres e leigos para atender a missão da igreja. “Lá ainda não tem nenhum seminarista ou espaço para a formação de padres. Também, é uma região com pontos de difícil acesso, problemas de infraestrutura e com várias limitações, então, precisa de um auxílio”, aponta.
A Alto Xingu-Tucumã é composta por seis municípios paraenses: Tucumã, São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Bannach, Cumaru do Norte e Água Azul do Norte. É extensa. Segunda a Diocese de Montenegro, a prelazia irmã tem uma área de mais de 128 mil quilômetros quadrados; quase 30 vezes o território da diocese gaúcha. Ela foi desmembrada da Diocese de Xingu-Altamira, que era Igreja Irmã da Arquidiocese de Porto Alegre; a “mãe” da Diocese de Montenegro. “No fim, as duas ‘filhas’, ficaram como ‘irmãs’”, resume o padre Blásio.
MISSÃO
O projeto Igrejas Irmãs da Igreja Católica completa 50 anos em 2022. “Na igreja do Brasil, desde os anos 70 começou um grande pedido dos bispos do Norte, de modo geral da Região Amazônica, pedindo que padres e leigos aqui do Sul pudessem ir pra lá para auxiliar como agentes pastorais e, especialmente, pra atender o povo que havia ido do Sul para trabalhar na Transamazônica”, explica o religioso. “Então, historicamente, muitos padres e missionários foram lá pra cima.”
Blásio, mesmo, já participou de uma missão no Pará entre 2003 e 2005. “Eu sempre gostei de estar num trabalho com mais desafios. Ir pra lá é um desafio pela realidade, pelo calor, por ser uma infraestrutura muito humilde, mas por outro lado, é uma grande alegria pessoal”, comenta. “É que eu sei que lá tem pessoas que poucas vezes conseguiram ter um padre com frequência, que tem comunidades onde a catequese não existe por não ter o padre para motivar, que tem pessoas adultas que nem foram batizadas; então, essa maneira de trabalho, podendo estar junto e ajudando a organizar, me encanta muito”. Ele embarca para o Pará na próxima segunda-feira, dia 31.